quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Música - Muse - Origin of Symmetry


Talvez o álbum que me fez amar a banda Muse. Desde o começo, com New Born, uma das melhores músicas de Rock já feitas (com um dos melhores riffs também), até o final, com Megalomania, a soturna última faixa, embalada por órgãos de igreja opressores.
A segunda faixa, a ótima Bliss, mostra a habilidade do trio de fazer belos arranjos, criando texturas e atmosferas, ora lindas, ora sombrias, ora ambas(!).
Em seguida, Space Dementia, começa com um piano assustador, e se desenrola progressivamente, da calmaria a tempestade. Eles gostam disso, da calmaria antes da tempestade. De fato, funciona bem, mesmo quando a essa calmaria é um Matthew Bellamy raivoso, pressionando a palheta nas cordas, criando um som estridente e metálico, para então estourar de fúria no refrão "I don't want you and I never did, I don't want you and I never will" (Eu não te quero e nunca quis, eu não te quero e nunca vou querer.)

É sim, um álbum doloroso. Triste e pesado.
Mesmo assim, há momentos chicletões, como o single Plug in Baby - o riff principal poderia ser um solo erudito se tocado acusticamente, mas, convenhamos, distorção é melhor do que sem distorção.

Mais uma faixa progressiva, Citizen Erased, de sete minutos. Guitarra com harmônicos, bateria alucinada, palavras de dor, então o ritmo quebra, e um solinho tranquilo relaxa o ouvido, mesmo que no fundo ainda diga "espere pela próxima tempestade". E que tempestade.

Aí, o nível cai um pouco (mas só um pouco).
Não sei como o vocalista ainda consegue falar depois de Micro Cuts - como alguém consegue gritar com falsete?! Sei não, mas ele consegue.
Finalmente, uma música sem paulera, que também é a mais fraca do álbum, Screenager. Dedilhado clássico, sintetizadores crescentes... mas é fraca.
Então vem o trio que encerra o disco, a bacana Dark Shines, a feliz (e única faixa que emana felicidade do álbum) Feeling Good, que é cover de uma música clássica do Jazz.
Megalomania, claustrofóbica, sombria, encerra o álbum. Órgãos opressores parecem nos fazer ficar de joelhos e contemplar o fim de tudo. Matthew diz "Take off your disguise, I know behind the mask it's me! (Tire seu disfarce, eu sei que por trás da máscara sou eu).

Enfim, é uma paulera tão deliciosa, tão barulhenta, daquelas que da vontade de gritar junto, mesmo que esteja tentando "gritar" o solo de guitarra.
Ah, como você provavelmente já percebeu, esse é o álbum que dá nome ao blog :)

Nota: 4/5

Só achei essa merda dessa música com sub em espanhol... dane-se:


E essa performance mais do que explosiva de New Born:


o/

Um comentário: