domingo, 31 de janeiro de 2010

Um milhão de blogs depois...


Desde o quê, uns 12 anos, venho criando e deletando blogs.
Talvez eu tivesse algum prazer doentio em fazer tudo bonitinho para depois deletar. Ok, na verdade, comecei quando nem sabia o que queria da vida ainda - mal sabia escrever para falar a verdade.
Demorei e demorei, exclui daqui, exclui dali, até que finalmente o "Origem da Simetria" sobreviveu. Criei esse ano, motivado pelo blog de uma amiga, Dani (http://unbrokenheart-mythings.blogspot.com/ - sim, sou marketeiro de primeira). Fui linkado para lá por outra pessoa, mais especificamente, para um conto que estava lá. Eu li, me impressionei, e alguma faísca de infância acendeu em mim - aquela coisa ali, toda personalizada, até com premiações, mas o melhor de tudo, seguidores, pessoas que liam com interesse aquilo que eu escreveria... tive um flashback de quando vi Tarzan pela primeira vez, e queria escalar a árvore do quintal a qualquer custo.

Uns cinco minutos depois, nasceu Origem da Simetria.

Além de que, com um simples comentário lá, conheci uma das pessoas mais maravilhosas do mundo, que considero demais² - a própria Dani.

Eu pensei então em como eu gosto de ter opinião, de falar o que sinto, de ter um espaço só meu... daí lá vai o Jack, feliz da vida, mudando até a fonte daquelas letras pequenas embaixo do post que ninguém nunca vê.

Começar a organizar um post, da primeira tecla digitada até a imagem ilustrativa que escolho sempre no final, é como... lançar um livro. É um trabalhinho, um pequeno projeto que tem começo, meio e fim. É de ganhar o dia quando clico em "publicar postagem" e vejo o trabalho finalizado, bonitinho lá.

Esse blog para mim é como um diário.
O que eu sinto está aqui, cada poesia ou conto é alguma emoção que já senti ou que estou sentindo. A diferença de um diário é que aqui nada é privado - odeio ter segredos.

A razão de eu digitar meu próprio endereço algumas vezes por semana na barra do Mozila (porque esse programa vagabundo não guarda meu histórico) varia. Às vezes é para desabafar, outras é para celebrar, homenagear, chorar, ou simplesmente para compartilhar alguma experiência bacana (ou não).

Às vezes a tecnologia é menosprezada. Claro que escrever algo com uma caneta no caderno tem sua magia, um toque íntimo único e inimitável, mas é justamente isso que o blog me traz - estar aqui, até mesmo agora nesse post, me abrindo para quem quiser ouvir, tem sua mágica. No caderno, escrevemos com tinta, é algo natural - aqui é com um aparelho cheio de botões chamado teclado, e as letras aparecem do nada na tela, formadas por pixels, vários quadradinhos minúsculos.
No século XVIII, talvez Jane Austen não se agradaria com a ideia de escrever dessa forma. Mas os tempos mudam, e Jane Austen ainda vende muito.



Mesmo que um dia toda essa simetria vá para a lixeira, nunca vou esquecer das emoções que uma simples página da web me proporcionou - né Dani? (risos)

Quando um beijo é real


É tão simples um beijo.

Ainda é o ato romântico mais famoso do cinema e do mundo.

Já foi quente, frio,
lento, feroz...

Já foi um "oi", um "tchau",
já foi gratuito, verdadeiro,
apaixonante e sedutor.

Mas algo que sempre vai ser,
para mim,
é um "eu te amo" silencioso.

Certas vezes, palavras são desnecessárias,
ou simplesmente insuficientes.

O amor fica então marcado num toque de lábios gentil,
e ele e ela sabem disso,
sem dizer uma palavra.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Help!


Naquele primeiro dia na escola nova, você entra em um pequeno desespero. Não conhece ninguém, está cem por cento inseguro sobre suas atitudes, e nunca leu na Super Interessante que a primeira impressão é a que fica.
Agora eu lembro dessas coisas como se não fossem minhas memórias, mas de outra pessoa. Cada dia era um parto, sem falar que desde sempre eu vivia de sentimentos e gostava de expressá-los, o problema era expressar para quem, se não conseguia ficar íntimo de ninguém?

Por causa disso, eu fazia o que todo escritor ou escritora já fez alguma vez - escrevia aqueles textos horríveis e geralmente trágicos que nunca leria nem para mim mesmo.

Ainda bem que meu cérebro tem um dom de bloquear coisas tristes e dolorosas (e outras coisas importantes também, mas daí é outra história). O pior de tudo foi me apaixonar justamente nessa época.
Mal entendia por quê estava crescendo tanto, e por quê as pessoas falavam "que voz grossa" cada vez que eu abria a boca, ou mais óbvio, por quê diabos eu tinha um bigode digno de um filme policial dos anos 80?
Sem entender coisa nenhuma, ainda tinha que tentar entender por quê eu pensava que ia casar com aquela garota tímida e inteligente da minha sala. Ah, claro, e eu tinha vergonha de falar com garotas, qualquer que fosse. Bons tempos.

Toda essa minha instrospectividade atrapalhava no relacionamento com qualquer outra pessoa, e consequentemente, no relacionamente delas comigo.
Nos primeiros dias eu não fui "buliado", na verdade nunca fui, pelo menos não diretamente. O fato de que eu era estranho, sempre tinha uma cara de "que diabos está acontecendo e o que estou fazendo aqui?" não ajudava. Muitas vezes, tinha vontade de cantalorar aquela música do Radiohead: "Não estou aqui e isso não está acontecendo".
Eu não conseguia me aproximar de nenhuma garota (isso nem passava pela minha cabeça), e dos garotos que eu era amigo, bom, eles me consideravam o perdido da turma (que eu realmente era), o que não ajudava.

Sem falar que, o tempo todo, eu me martirizava por causa da garota - imagine, eu já era envergonhado, mas quando percebi a paixonite, praticamente cortei relações com ela, sem perceber que estava fazendo uma grande cagada.
Éramos amigos, e um dia, literalmente olhei nos olhos dela e continuei andando. Hoje, provavelmente estou bloqueado ou excluído do MSN dela (risos). Eu já tentei pedir desculpas, mas parece que era tarde demais para dizer que mudei. É a vida.

Mas antes que esse texto se transforme em um relato de minhas desavenças/grandes cagadas de quando era criança, vou tentar ser mais direto ao ponto:
1. Não custa tentar ser amigo daquele estranho e tímido aluno novo.
2. Não vale julgá-lo pela primeira impressão.
3. Vale ajudá-lo com paixonites toscas - essa é uma parte da adolescência que ninguém quer vencer sozinho, coisa que eu tive que fazer (não à toa demorei dois anos para vencê-la).
4. Nessa época principalmente, todos temos problemas. Por isso, é uma ótima época para formar aquelas amizades para a vida toda.
5. Muitas vezes, ao deixar uma pessoa "na dela", pode estar machucando-a.

Claro, o mundo não é perfeito. Quem caiu de cara no chão nessa época (e sempre), sabe que as cicatrizes ajudam no agora - até definem nossa personalidade.

Eu, por exemplo, sou extrovertido, falador e movido por amor, porque um dia fui totalmente o contrário, e não funcionava, porque não era eu.

*sorrio enquanto lembro do casamento que nunca vou ter com a garota que nem fala mais comigo*

Bons tempos.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

New Moon


Ele se imagina no seu cenário perfeito.

Sonhou e pensou nele inúmeras vezes, até descrevendo-o em algumas poesias...
Deitado na grama, observando estrelas, talvez em cima de um morro de sua cidade.

A imensidão do universo ocupando todo seu campo de visão,
pensa em como esse é o único exemplo aceitável
para seu amor por ela.




Ela também imagina seu cenário perfeito.
É na praia, sentada na areia, à noite, à luz do luar.

Eles se imaginam em lugares diferentes.

Mas a vontade de se encontrar os une,
de coração e alma,
e seja lá onde se encontrem pela primeira vez,
será perfeito.

Porque no coração, estarão sempre juntos.

Para os "aculturados"


Filminhos...
. Para ver no cinema
Sherlock Holmes - 3,5/5

. Para ver em casa
Se Beber, Não Case - 4/5

. Para rever em casa
Homem Aranha 2 - 4,5/5

. Para rever sempre
Clube da Luta - 5,5/5

. Para nunca ver
O Guru do Amor 0/5

. Para ver já que você nunca viu
Antes do Amanhecer - 4/5

. Para comprar e rever nas horas tristes
Lua Nova - 3/5



Livrinhos para (re)ler...
...Qualquer hora
O Clube do Filme - 4/5

..Pelo menos uma vez
O Senhor dos Anéis - 5/5

...Antes de dormir
O Guia do Mochileiro das Galáxias - 5/5

...As partes preferidas
Crepúsculo - 4/5

...Antes de Junho
Eclipse - 4/5

... e para pedir de aniversário (eu vou)
Hospedeira - ?/5

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Sail To The Moon


Só de me imaginar num lugar assim já me arrepio. Olhar para o lado e ver a terra, em toda sua beleza, como uma simples esfera azulada, assim como tantas outras...

É uma sensação parecida quando olho para as estrelas, ali da frente de casa mesmo. Eu vejo aqueles milhões de pontinhos cintilantes e forço minha mente a imaginá-los não pequeninos, como aparentam, e sim gigantescos e imponentes, como são.

São tantos...

Não sei por quê, mas acho especialmente bonito quando me imagino deitado na grama, ao lado de uma garota que amo. Daí começo a falar essas coisas que tento escrever aqui agora, tentar descrever a sensação de imensidão que olhar para as estrelas me causa.
Devo ter umas dez histórias com essa cena, de um casal deitado na grama olhando para o céu. É algo tão liricamente simples e lindo, como beijar uma rosa.

O céu noturno em si, é belo.
Gosto de acordar (ou ficar acordado até) às quatro da manhã, ou cinco, só para poder desfrutar do silêncio.
É minha forma de meditação.

... o céu noturno, as estrelas e as outras bolinhas de gude gigantes que nunca visitamos, junto com o silêncio, grama, e uma garota ao meu lado. Esse é meu cenário perfeito.

Talvez, porque só a imensidão do universo exemplifique meu amor por ela.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Fabuloso Destino de Jack


Jack acordou sentindo que alguma coisa ia dar muito errado naquele dia.
Checou mentalmente os compromissos fixos da manhã a noite: escola, teatro, Fisk, voltar para a videolocadora e criar teias na frente do PC. Era muito provável que entre a escola e o teatro, acontecesse algo muito grave, como ser atropelado por um ônibus - isso simplesmente porque viu um garota bonita e resolveu cumprimentá-la.
Ele riu. Nunca faria isso, cumprimentar uma garota bonita. Agora ser atropelado, bom que escolha teriase o destino lhe reservasse uma conclusão dessas?
Vestiu o uniforme, escovou os dentes e partiu, ainda com um pressentimento estranho. Era como se tivesse saído sem vestir a calça e estivesse de cueca na rua. Esqueceu algo? Tarefas, algum trabalho, alguma prova... nada parecia fazê-lo lembrar.
"Dane-se", pensou.

- Que notícia maravilhosa! - exclamou ao ouvir de seu amigo que não apenas esquecera de uma prova, mas era uma prova de química. - Isso é simplesmente maravilhoso.
Não havia um segundo sequer para rever o conteúdo, restava apenas brincar com a caneta até o tempo acabar. Tentou fazer alguma questões, mas isso parecia apenas piorar sua situação.
"Ok, me resta decidir: tentar alguma coisa e me humilhar, ou deixar em branco e me humilhar mesmo assim? O que é menos humilhante? Hum, parece a escolha de Sofia..."
Decidiu enfim por tentar algumas, e deixar outras em branco, porque parecia ser um meio termo. Ele não sabia que no final, a nota seria a mesma não importando o que decidisse.
Quando as tortuosas duas horas acabaram, bateu o sinal do recreio. Estava um tanto desanimado, mas geralmente, conseguia esquecer essas coisas muito rápido. Pensou em ir ao banheiro passar uma água na cara - via as pessoas fazerem isso nos filmes. Caminhou até o cantinho perto de uma escada, onde estavam os banheiros masculinos e femininos.
"Em qual eu entro?", brincou consigo mesmo, entrando no masculino.
Ligou a torneira e jogou uma água que parecia vir diretamente dos rios do Polo Norte.
- Agh! - reclamou, percebendo que aquilo mais piorou do que ajudou.
Então escutou alguém, aparentemente no banheiro feminino. Desligou a torneira para escutar melhor - parecia um choro. Franziu a testa.
Aproximou-se, mas sem aparecer na porta. Definitivamente, alguém estava chorando.
"Ótima desculpa para entrar no banheiro feminino", pensou, "Mas é melhor ficar fora dessa. Com a minha sorte, ela deve estar com uma pistola e quem vai levar o tiro sou eu. Por tentar ajudar."
Jack hesitou com seu pensamento fúnebre e virou as costas para sair dali.
Mal tinha virado, e outra pessoa trombou nele.
"Merda", foi a primeira palavra bonita que lhe veio a cabeça.
- Jack. - ela disse sorrindo. - Tava procurando você.
- Ah. - foi a primeira coisa inteligente que lhe veio a cabeça.
- Vamos fazer uma festinha da turma. Você pode ir?
- Claro.
- Traz dez reais até o fim de semana então, a festa vai ser segunda.
- Beleza. Ótimo. Você é linda sabia?
Na verdade Jack nunca falou e nunca falaria esta última frase, mas num mundo perfeito, ela sorriria e o beijaria. Claro que seu mundo estava longe de ser perfeito. Às vezes, parecia um dos nove círculos do inferno.
Depois que ela saiu, tentou se recuperar da estranha tontura que sentiu, do coração quase saindo do peito, etc.
Eles se falavam a pouco tempo, mas de alguma forma, parecia conhecê-la a meses. Perdeu seu medo de garotas há muito tempo (ok, há alguns meses), mas essa lhe causava efeitos colaterias estranhos. Não era medo, era outra coisa - que ele só conseguiu explicar mais tarde, ou mais precisamente, no final desse conto.

Voltou à sala, e percebeu como ela sentava sempre longe dele. Obviamente, não tinha nada a ver com sua pessoa, era apenas o lugar pré-determinado pela professora no começo do ano. "Maldita distância", pensou, sem saber que estava há menos de dez passos dela.

Finalizado o dia letivo, voltou para a videolocadora, deixou a mochila lá dentro, saiu, pegou almoço para sua mãe e para si próprio, voltou, comeu.
Essa rotina se repetia há dias e era um bocado irritante, mesmo que curta.
Enquanto comia, ou melhor, brincava com a comida, devaneiou sobre a vida. O quanto sua vida era engraçada, inusitada, às vezes melancólica e trágica, mas geralmente no sentido sarcástico da palavra. Como num filme que viu há uns meses, onde o personagem decide descobrir se sua vida é uma comédia ou uma tragédia, daí ele pega um caderninho, escreve "Comédia" de um lado e "Tragédia" do outro, e fica marcando pontos no lado que se enquadre no decorrer do dia. No final, "Tragédia" ganha por uma diferença exorbitante de pontos - mas ele não percebeu que o simples fato disso ter acontecido já colocava sua vida numa "Comédia" das boas.
O que é irônico, pois provavelmente, Jack nunca marcaria pontos na comédia.
- Come que vai esfriar. - sua mãe resmungou, cortando seu devaneio.

Perto das duas horas, tomou o rumo a aula de teatro.
Gostava muito disso, principalmente da criação da peça, quando podia escrever e dar ideias, desenvolver personagens, etc. Sua professora disse que ele era muito bom, tinha um humor inteligente nas piadas - algo que ele duvidava, mas gostava de ser elogiado, mesmo que não confessasse.

Após a aula de teatro, restavam duas horas para o próximo compromisso. O que fazer? Jack pensou em sair pelo centro, sem compromisso, passar na loja de música e namorar alguns violões caros que nunca vai ter, outros instrumentos que nunca vai tocar; talvez, babar por algumas garotas da loja de roupas, as de sua idade - como podem ser tão bonitas? É uma boa ideia.
"Até parece", pensou, assim que chegou no escritório e viu a cadeira do PC vazia.
Ficou ali por uma hora até que ela entrou.
Como sempre, seu coração falhou, e se perguntou se pessoas que tem problemas de coração sofrem muito com isso.
Também lembrou de uma reportagem que leu em uma dessas revistas de garotas, que dizia que se quisesse saber se um rapaz está interessado, espere ele chamar no MSN. Que sonho seria se, do outro lado, ela estivesse esperando-o chamar. Mas seria apenas um sonho mesmo.
Antes que ele terminasse de devanear, ela o chamou.
Seus olhos brilharam, quase como um emoticon de MSN.
Ela: Jack?
Ele: To aqui o/
Ela: Não esquece do dez real amanhã ein ;D
Ele: huauha eu? esquecer das coisas? chegou é!
Ela: Esquecer das provas é uma sensação ótima não?
Ele: Maravilhosa. Mas acho que fui bem rsrs
Ela: Ah de certo foi! huauha
Ele: Sou inteligente ok, presto atenção nas aulas '-'
Ela: Sei que presta.
Ele: Pelo menos pra isso eu presto hehe
Ela: Então tente 'prestar' pra lembrar das coisas ok? Tipo o dez reais?
Ele: Pode crer ;D
Ela: Vou lá! Mães...
Ele: Entendo o/ Até mais ;*
Ela: s2

"Isso foi um coração? Um 'ésse' e um 'dois'? Coração? Merda!" Foi seu pensamento na hora.
Jack também tinha esses problemas mentais, de fazer tempestades em copos d'água. Principalmente com garotas - ou melhor, apenas com garotas. Um "Bom dia Jack", vindo de uma garota, em sua cabeça, significava algo do tipo "OMG! ELA FALOU COMIGO! PUTA MERDA, EU NÃO SOU INVISÍVEL!"
Algo do tipo.
Nesse ponto, sua vida poderia deixar de ser uma comédia ou uma tragédia, e virar um romance, um lindo romance tipo... Titanic. Esperançosamente, com ele ficando vivo no final.
- Ainda no computador? Credo. - sua mãe chiou da porta.
- Não, estou lá no banheiro.
Ela odiava isso, pois a irritava profundamente. Nessas horas, olhando dentro dos olhos dela, Jack via o quanto vivia perto da morte.

**

No final do dia, Jack deitou na cama e como sempre, começou a refletir sobre o dia e a vida. Um belo exercício de relaxamento (ou não).
Lembrou daquela garota chorando no banheiro.
Imaginou o que poderia ter acontecido se tivesse realmente tentado ajudar, ao invés de desistir pensando em levar bala perdida. "Isso foi ridículo", pensou.
Sua vida poderia ter mudado completamente caso tomasse outra atitude. Mas será que então ela teria percebido-o entrando no banheiro feminino e pensado "que pervertido", desistindo de convidá-lo à festa.
São muitas possibilidades.
Jack pegou o caderno e resolveu escrever qualquer coisa sobre a vida.

Pensou por um minuto, rabiscando um círculo no canto da página, enfim começando a escrever.
"O tempo todo, eu penso que minha vida é uma confusão sem limites, e que sou apenas mais um pontinho insignificante na vastidão do universo, só mais um aglomerado de átomos - parte da química que nunca entenderei completamente."
Por um segundo parou, se perguntando se as vírgulas que usou estavam no lugar certo. Mas logo, ignorou e continuou.
"Tudo pode ser um monte de incríveis coincidências, ou pode ser um pequeno teatro de bonecos, todos controlados por algo ou alguém - isso seria tosco."
Pensou mais um pouco.
"Minha vida pode ser estranha, engraçada, trágica ou ridícula, mas é ótima, às vezes só não percebo isso. Claro, pois me preocupo demais com pequenas coisas, e não vejo a 'big picture': que minha vida é linda. Eu conheço pessoas maravilhosas, cada dia deixo de ficar feliz por coisas bobas, quando posso estar eternamente grato por conhecer quem conheço, sendo coincidência ou não. Principalmente, por conhecer ela."
Jack parou.
"Que porra é essa?", pensou. "De onde veio isso?" Questionou-se um tanto surpreso. Ficou com vontade de apagar aquilo, mesmo sabendo que estava a caneta.
Mas então, relaxou, sorriu e percebeu outra coisa.
"Ok, talvez isso soe como exagero agora, e amanhã, eu ria de ter escrito a frase. Mas o tempo todo, estou há poucos passos dela, não sei por quê não percorro a pequena distância rapidamente. Medo, talvez, um medinho de alguma coisa. Ou só vergonha mesmo... mas a ironia da situação é que quando a distância aumentar para mil passos, um milhão de passos, me arrependerei de ter perdido a chance que tive."

Então Jack dormiu, pensando no destino.
Não importava se o destino resolvesse matá-lo com um ônibus. Importava o que tinha, o que tem, o que pode ter.
Mas sem soar melodramático demais, como já estava começando a soar, simplesmente concluíu que suas maldições eram irrelevantes.
Distância, a maior delas, era na verdade, bem pequena.

Quinze minutos depois, resolveu contar carneirinhos, porque não conseguia dormir.
- Merda.



--


P.S.: Essa história me parece inacabada, meio sem sentido em algumas partes, com erros de português... bastante imperfeita. Pois bem, resolvi nem corrigir isso, pois sendo um retrato da minha vida, tem que ser imperfeito. Mesmo assim, Viva La Vida.

Moment of Surrender


Um passo.
Alguns centímetros inexatos.

Dois passos.
Ainda não faz tanta diferença.

Três passos.
Já consigo ver.

Quatro passos.
Já posso sentir.

Cinco passos.
Quase posso tocar.


... e sinto seu toque, fazendo de sua própria existência um milagre,
fazendo um olhar parecer um passe de mágica,
um suspiro parecer alto demais,
um beijo parecer pouco,

o amor irretocável e imensurável parecer não caber no coração.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Unintended


Eu estou meio sem inspiração pra falar de filmes e música ultimamente. Bom, de música até que falei bastante (leia o último post), mas de filmes, nem.
E olha que andei vendo filmes muito legais, junto com uns terríveis que eu adoraria detonar (risos). Mas a questão não é essa.

Por que escutar Unintended do Muse o dia todo?
Por que ficar no MSN o dia todo?
Por que só escrever sobre a mesma coisa?

A resposta pra tudo é a mesma.
Mas não estou reclamando, nem perto disso. Ainda bem que tenho um blog (e ahn, seis fãs) para compartilhar esses sentimentos - brincadeira, na verdade, escrevo isso mais para mim mesmo, uma mini reflexão prazerosa.

Minhas tentativas frustadas de escrever sobre outra coisa são... bom, frustadas.
Anyway, não priemos cânico.

Só estou feliz, e compartilhando isso com... seis pessoas :) Uma em especial.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Where I End And You Begin


É como nas músicas,


eu quero sentir a alegria de sua mente,
eu quero você agora,
segurar você em meus braços,
para hoje a noite dizer que somos invencíveis.

Músicas que falam por mim.

Se eu deitar aqui,
você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

Aquelas três palavras são ditas demais,
mas nunca o suficiente.

Essas músicas me matam,
e "me aproveito" delas agora porque é difícil usar minhas próprias palavras.

Estou precisando de alguém,
alguém como você.

Prometi que nunca cantaria de amor se não fosse verdade,
e você é a única exceção.

São tantas coisas que eu queria dizer.
As sensações que você descreveu eu também sinto,
esse exagero tãããão bom, como alguém disse nos coments.

É tão bom olhar para a lua,
escutar Muse,
tocar guitarra,
sorrir,
e tudo isso remeter a você.

Tudo em você é tão fácil de amar.

Você pode ler minha mente?

O amor é nossa resistência.

Você é minha luz guia.

Tantas músicas... a maioria do Muse, claro.
Acho que já estou alongando demais isso,
então,
finalizar com uma música - adivinha de quem?

Eu nunca vou te deixar,
se prometer que nunca vai sumir.

Eu só queria segurar você em meus braços.

**

Feche os olhos e deixe-se levar pela melodia...:

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Globo de Ouro foi... estranho.


Ok, ninguém, nem o próprio James Cameron, esperava que Avatar ganhasse o Globo de Melhor Filme de Drama.
Parece que os votantes quiseram deixar a coisa mais pop, já que sempre reclamamos por exemplo, de Batman - O Cavaleiro das Trevas sequer ter sido indicado, e de outras vezes, quando dramas introspectivos levavam a melhor no lugar de outros filmaços.
Avatar é bacana, divertido, bem dirigido... mas não é metade de um Bastardos Inglórios. Além de que, putz, o Tarantino perder essa é inexplicável. Cameron fez um ótimo trabalho com Avatar, mas Bastardos tem uma direção majestosa, primorosa e impecável. Quanto a melhor roteiro, não vi os outros filmes, mas ainda assim, achava foda Bastardos perder. Pelo menos, Chris Waltz ganhou seu merecido prêmio pelo papel complicado, do poliglota excessivelmente educado caçador de judeus do filme.

A maioria dos prêmios principais trouxeram surpresas. Sabe aquela coisa de pensar "Ah eu queria que 'Se Beber, Não Case' ganhasse, mas nunca ganha, vai ganhar um dos dois filmes da Meryl Streep". Mas não é que ganhou?
"E aqui, pode ganhar qualquer uma, menos a Sandra Bullock. Nem sei o que ela faz aqui nas indicadas." Queimei a língua de novo, ela ganhou (por um bom papel por sinal.)
Robert Downey Jr. levou seu prêmio por Sherlock Holmes, ganhando do sempre favorito Daniel Day-Lewis.
Meryl Streep também ganhou, mas isso não é novidade.

Minha série favorita, Dexter, finalmente levou seu merecido prêmio após uma temporada eletrizante e com um final que me deixou com pesadelos. Além de que, tanto Michael C. Hall quanto John Lithgow levaram prêmios de melhor ator e melhor ator coadjuvante, respectivamente. As premiações para TV foram bem mais equilibradas.

O inglês Ricky Gervais ficou em cargo das piadas, pena que deram pouco espaço pra ele, porque teve momentos impagáveis, como por exemplo quando foi apresentar Mel Gibson e o chamou de bêbado (com um copão de cerveja na mão). O melhor e mais verdadeiro discurso foi de Downey Jr., carismático, espontâneo... ele é o cara s2


Pois é, espero que o Oscar seja mais justo, e que votem nos filmes por qualidade, não por consolo ;)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Música - Alice in Chains - Dirt


Esses dias, vasculhando CDs de bakup antigões, encontrei o meu primeiro disco preferido. Digo primeiro porque na época, eu não escutava álbuns como obras completas, geralmente escutava músicas avulsas. De certa forma, foi sim o disco que mudou minha visão de música, escutei música atrás de música, na ordem que a banda organizou no CD, e vi que tinha significado naquilo. É uma obra tão sombria e pesada quanto Origin of Symmetry do Muse - talvez ainda mais sombria.

Dá um pouquinho de raiva (talvez por eu ser fã hehe) que o Alice in Chains não seja tão lembrado quanto o Nirvana. Tá, Nirvana é muito massa, mas mesmo assim...

As letras falam de loucuras, vícios, depressão, cair em buracos, sentar em cadeiras nervosas... Nunca ouvi algo tão psicologicamente pesado. Até os nomes das músicas remetem a isso, vai desde "Them Bones" (os ossos) até "Rain When I Die" (cujo refrão é "eu acho que vai chover quando eu morrer").

Mas o trio que encerra o álbum é a melhor parte, sendo também a sequência que melhor resume tudo: "Angry Chair", "Down in a hole" e o maior sucesso da banda, "Would".
A primeira tem um riff pegador e letra violenta, que deixa impossível não pensar que o vício do (ex)vocalista não tenha algo a ver.
A segunda é uma balada, com palavras relativamente leves considerando o resto do álbum. O refrão diz "eu queria poder voar, mas minhas asas já foram tão negadas". Linda, e fica ainda melhor na versão acústica.
A última, o maior hit, começa com um baixo fodão e parte para um refrão poderoso: "dentro do buraco de novo, a mesma viagem que era no passado, e daí que fiz um grande erro, tente ver do meu jeito uma vez."
Jerry Cantrell, guitarrista e vocalista secundário, parece ter nascido para cantar com Layne. A suavidade de sua voz contrasta perfeitamente com o tom mais arranhado e rouco do parceiro. E se sua voz é suave demais, suas guitarras não chegam nem perto disso. Riffs inspirados, ataques repentinos (sua marca), e além de tudo, ainda consegue destacar Layne no meio de sua barulheira. Parabéns.

A banda comentou em algum lugar que a sonoridade do álbum lembra a paisagem desolada e morta da capa do disco. Impossível não concordar.

Layne, o vocalista, era viciado em heroína, vício que o matou em 2002, quando sofreu overdose depois da morte da namorada - isso já estando confinado em seu apartamento há tempos. Sua voz era não apenas poderosa, mas marcante, triste e agressiva, na intensidade que ele quisesse. Pena que essas vozes se percam tão cedo.
A versão acústica mencionada da canção "Down in a hole" vem do show Unplugged que eles fizeram, onde os problemas de saúde de Layne já eram visíveis. Ele usa óculos escuros a maior parte do show, sempre com a cabeça baixa. É quase uma despedida. Incrivelmente, sua voz continuava firme.
Hoje, a banda segue com o mesmo nome, mas um vocalista novo, e a voz suave do guitarrista Jerry Cantrell está bem mais presente. Mas como ele próprio disse, "Layne é insubstituível".

Sempre gostei mais de Alice in Chains do que Nirvana.
Emfim, Dirt, para mim, é um dos melhores albuns de rock de todos os tempos.

Nota: 4/5

Essa nem é desse disco, mas mesmo assim... putz:


Versão acústica de Down in a hole:


E o maior hit deles \o/:



Deu, chega né.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Um desejo


Bem bobinho esse mini conto, mas aí está...

**

Eles estavam deitados na grama há quase vinte minutos.
Nenhum dos dois queria abrir a boca, pois ambos não queriam destruir o momento perfeito que estavam vivendo. Talvez não perfeito, mas quase.
Sem saber, ambos estavam fitando o mesmo ponto no céu estrelado, e ambos viram, ao mesmo tempo, um risco de neon cruzar o céu num piscar de olhos – uma estrela cadente.
- Faça um pedido. – ela arriscou falar.
Ele sorriu, gostando de ouvir a voz dela.
- Eu desejo... – ele refletiu por alguns segundos. Era uma boa deixa para um milhão de frases bobas e românticas, talvez um bom número delas fizesse efeito. Mas ele decidiu pela mais simples, uma que não era tão boba, nem tão profunda, apenas direta e verdadeira, talvez até já a tenha visto em algum filme. -... que este momento dure para sempre.
- Eu desejei que um dia, pudéssemos deitar aqui de novo e ver outra estrela cadente, para que eu pudesse desejar a mesma coisa de novo.
Ficou impressionado. Tentara ser simples, enquanto ela soltou em tom de desabafo um desejo indireto de viver para sempre, contando que estivem juntos. Ou pelo menos, era isso que queria entender.
- Sabe... – começou, e ela virou o rosto para fitá-lo com atenção. Ele perdeu a frase quando fitou os olhos dela.
Eles ficaram ali, com amor nos olhos. Até uma formiga que caminhava sorrateiramente ali perto poderia perceber isso. Por que eles não se beijavam?
- Sabe... – dessa vez ela que começou. -... talvez eu deveria ter desejado que este momento durasse para sempre.
Sorriram de leve, embaraçados.
Por que não se beijam?
Mais uma vez, ela tomou iniciativa. Pegou a mão dele e a trouxe para perto, estava fria.
Eles ficaram ali, num momento digno de um roteiro bem escrito de algum romance trágico (ou não). Ambos carregando um amor imensurável, totalmente presente no silêncio, em cada gesto, em cada suspiro.
Mas a garota mentiu. Na verdade, pedira a estrela um beijo.
Longe, muito longe, a estrela estava feliz, honrada, por ter feito parte indireta do primeiro beijo daqueles dois.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Would You Lay With Me?


Meu coração é um lugar movimentado.
Pessoas entram, pessoas saem.

Entram,
gostam da hospitalidade,
mas precisam estar em outro lugar,
outro coração talvez.
Levam consigo um pouco da graça e alegria do lugar,
às vezes passando pela porta e olhando para dentro.

Umas deixam um lembrete,
um papel com seu nome,
e seu tempo ali nunca é esquecido.
Outras deixam cicatrizes,
que nunca deixam esquecer o machucado.

Mas certas pessoas entram e nunca saem.
Seu tempo ali é eterno,
não precisam deixar lembretes,
e cuidam das eventuais cicatrizes,
deixando o tempo para trás.

Pessoas entram e saem.

Mas moram no meu coração apenas as pessoas certas.
Como você, Dannie.



**


Ok, eu não resisti. É minha forma de mostrar amor às pessoas.
Mas, Dani, se você leu, não foi culpa minha.

Uma música pra você? Claro:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

The End (again)

É, acabou.
No fundo eu sabia, mas mesmo assim ainda me segurava numa raspa de esperança que tinha.

No mais, agora me resta tomar um banho, fazendo aquele ritual de deixar as mágoas escorrerem pelo ralo e nunca mais olhar para trás.

Como uma amiga disse, o fim é realmente chato. Mas já vi filmes o suficiente para aprender que o fim de algo é o começo de outra coisa (talvez o final seja o mesmo, mas nada que um banho não resolva).


Escutando Coldplay. Muito, muito Coldplay.

:(


**

Só de raiva, vou encher de Radiohead aqui.

Linda linda linda:


Mais do que diversão:


Em 2m45s, tudo fica em camera lenta pra mim:


Sei que ninguém vai escutar nenhuma, mas são todas ótimas o/

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Guia do Coração Apaixonado (e bobo)


1. Escute Coldplay.

2. Não tente evitar pensar nela/nele 24 horas por dia - é impossível.

3. Escove bem os dentes, pois vai sorrir muito, mesmo que esteja apenas olhando para a lua.

4. Escolha aquela música que lembra dela/dele e cante no banho.

5. Não espere que ela/ela ligue para você as duas horas da madrugada (até porque se isso acontecer, a surpresa vai ser melhor). Na verdade, é uma boa razão para sempre recarregar o celular.

6. Leia livros como "Paramour", todos aqueles romances açucarados que tem nas bancas, e se possível, toda a série "Crepúsculo" (as garotas imaginam o carinha no lugar do vampiro, e os garotos, bem... escolham a garota mais bonita e imaginem ser o par dela.)

7. Sempre esteja bem arrumado(a), nunca se sabe quando ela/ele vai cortar seu caminho... mesmo que essa pessoa esteja viajando ou nem more por perto.

8. Tente não sorrir demais. Pode ser assustador.

9. Na hora de dormir, não tente forçar um sonho com ela/ele. Eventualmente, vai acontecer.

10. Deixe Coldplay no gatilho, pois quando acordar e ver que era mentira, vai querer matar todo mundo.


Essas dicas são um tanto inúteis. Mas dane-se, eu estava de mau humor.
Quer saber por que? Pergunte para ela...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Bem coisa de dono de locadora...


Ok, aqui estão alguns filmes que você deve ver, se já não viu.

G.I.Joe - A Origem de Cobra
Um filme de ação divertido, bem humorado... e descartável. Mas é ótimo enquanto dura.

Star Trek
Eu não vi nenhum outro filme da série, mas esse é o melhor de todos. Não se deixe intimidar pelo nome antigo da série - aqui é tudo novo.

Uma Prova de Amor
Drama de cortar o coração, sobre uma garota concebida para ser doadora para sua irmã que tem leucemia, mas quando percebe estar sendo usada, procura um advogado para ter o direito sobre seu corpo(!). Mas essa decisão pode afetar a família toda, destruí-la de vez, ou uní-la de vez. Chore, chore muito.

O Exterminador do Futuro - A Salvação
Depois do fraco terceiro filme da saga, resolveram dar uma reviravolta na série. Eu também fiquei cético quando soube que McG (de As Panteras) estaria dirigindo, mas o cara surpreendeu. Atuações boas, cenas de ação bacanas e muito, muito barulho.

A Verdade Nua e Crua
A comédia romântica mais bacana do ano (até agora). Previsível, sim, mas é muito divertida. O jeitão brucutu machão de Gerard Butler (de P.S Eu Te Amo) ajuda a criar empatia, mesmo que ele seja machista e rude o tempo todo. A mocinha do filme concorda.


Agora, filmes que se você não viu, melhor nem ver (e nem botei link por preguiça*):

Gamer
Gerard Butler é o cara, mas não tem muito o que fazer nessa besteira. Pessoas se divertem com um jogo de tiro, sem saber que na verdade estão controlando pessoas de verdade. Nem as cenas de ação se salvam.

Adrenalina 2 - Alta Voltagem
Se o primeiro já era forçado e um tanto apelativo (e um pouco divertido), nesse, o "conteúdo" sexual, a violência caricata, tudo que não prestava lá, foi multiplicado aqui. Algumas cenas são inacreditáveis, no mau sentido.

Miss Março - A Garota da Capa
Na sinopse da capa diz assim: "Exponha-se à comédia mais selvagem, mais grotesca e apelativa do ano nesta edição sem cortes de Miss Março - A Garota da Capa, que inclui cenas super sensuais e piadas extremamente engraçadas." A parte em negrito é mentira.

Videolocadora Arte Ambiente tem tudo, até esses ruins aí, caso a curiosidade bata.
Só não diga que não avisei...



*Você não clicou nos outros mesmo.


Só pra rir:

Guia do Coração Partido (quando se está com raiva)


1. Escreva o que está sentindo num pedaço de papel, de preferência não mostrando para ninguém.

2. Poesias, contos e tudo mais também valem, e se quiser, mostre para as pessoas (menos, claro, para aquela ou aquele que parte/partiu seu coração).

3. Escute Coldplay.

4. Assista filmes como "Antes do Entardecer", "500 Dias com ela", "Ele Não Está Tão a Fim de Você", "10 Coisas que Odeio em Você", ou dependendo de seu humor, peça ao cara da locadora para indicar uma "comédia romântica com alguma morte no final".

5. Leia livros como "O Iluminado", "Horror em Amityville" e "O Limiar do Inferno".

OBS: essas dicas não são 100% funcionais.

Mais dicas a seguir...

Distance is a Bitch


O que é a distância para você?

Para mim, é algo que dói, uma palavra que uso muito.
Enquanto você está longe, muito longe...

Essa distância ainda existe agora, com você aqui,
mas ela é apenas física,
nunca foi emocional.

Mesmo agora, à poucos centímetros,
a palavra ainda pode ser usada.
E se eu não quero mais usá-la?

Um toque,
duas bocas selam um amor,
e a distância deixa de existir.


**

OBS: Ok, acho que aprendi uma lição (depois de muito errar) - se escrever uma poesia pensando em uma garota, NUNCA mostre pra ela. Poste no seu blog, porque se ela ler, não foi culpa sua.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Lágrimas de Vidro



o pequeno conto que começou tudo...

**


- Eu não quero ir. – murmurei.
Por mais que a poucos metros de minhas costas esteja um trem para Londres me esperando, onde vou fazer dezenas de novos amigos, onde vou jogar num time de futebol, onde vou morar por alguns anos, sinto apenas tristeza.
Eu olho para ela. Com lágrimas nos olhos, está mais linda do que nunca. Seus pequenos olhos verdes estão apertados, fitando o chão. Parece que contrai alguns músculos da face, tentando evitar uma jorrada de lágrimas. E sei que tenho o poder de fazer com que caia em prantos a qualquer momento.
- Eu realmente não quero ir. – sussurrei. Como já esperava, minhas palavras foram o catalisador de um choro desesperado e histérico. Ela me abraçou com uma força que eu não sabia que tinha. Devolvi o abraço, tentando controlar meu próprio choro. Sei que é inevitável – assim que a porta dupla se fechar, a angústia vai sair.
É difícil pensar em outra coisa; as pessoas passam apressadas por todos os lados, mas parece que um circulo mágico de dois metros de raio se formou, e o mundo se resume a esse espaço.
Ela luta contra os soluços frenéticos, com a respiração falha. Gentilmente tento afrouxar o abraço, sem sucesso.
- Alice... – eu chamo seu nome. Não é fácil pronunciá-lo em voz alta, vendo que pelos próximos anos, só poderei escutá-lo dessa forma – por meus próprios murmúrios.
Minha vontade de chorar aumenta gradativamente a cada segundo. Mas o choro simplesmente não sai. Está lá dentro, atrás de meus olhos, arranhando. Mas insiste em ficar.
Alice relaxa os braços. Eu dou um passinho para trás e me abaixo, de joelhos, como se estivesse prestes a pedi-la em casamento. Tento encontrar seus olhos, mas estão fechados, escondidos atrás da fina cortina de cabelo ruivo.
Pela primeira vez, analiso como ela está. Levemente curvada, cabeça baixa, como uma criança chorando enquanto leva sermão por ter feito algo errado.
De repente ela levanta o olhar, pela primeira vez. Aquele verde esmeralda penetra em meus escuros olhos castanhos. Um pouco de vermelho cerca o verde. Mais uma vez a boca rosada está se contraindo, lutando.
Eu estendo a mão. Ela aceita o gesto, mesmo sem saber o que significa. O toque delicado de seus dedos se entrosando nos meus provoca uma revolta atrás dos olhos. Por um momento imagino a sensação de ficar anos sem esse toque. Imagino um vidro se formando entre minha mão e a dela.
Devaneando, nem percebo que Alice quebrou meu vidro imaginário, e agora está com os lábios colados nos meus. Os cacos deslizam por nossas peles como água, e por um momento, a tristeza vai embora.
Demorou a devolver minha boca. Achei que nunca a teria de volta.
Uma voz quase automática recita o horário e destino do trem às minhas costas, deixando bem claro que este partirá em seguida.
Ela envolveu meu rosto com as mãos, me segurando com força no beijo.
Levantei e entrei no trem. Talvez tenha me demorado, deixado mais um selinho, um beijinho na testa, mas não lembro. Mas não virei as costas, para visualizá-la até o último momento. Com os pés já dentro do veículo, observei aquela que um dia fora apenas uma linda garota ruiva de olhos verdes que chamou minha atenção ao cruzar meu caminho. Hoje, sentada no chão, chorando, lembro de quando não a conhecia, e como ela sempre parecia estar demonstrando algo. O que estariam pensando as pessoas que passam e são meras observadoras, sem ter a mínima noção da dor?
Escuto o barulho seco da porta dupla se encaixando a frente de meus olhos.
Um alívio vem subindo dos pés a cabeça, e chegando naquela parte atrás dos olhos, empurra as lágrimas para fora. Elas saem deslizando pelas bochechas e caem no chão, levando consigo toda minha angústia.
Cada lágrima me lembra de momentos com ela; a primeira conversa, o primeiro beijinho no rosto, o primeiro telefonema, a primeira vez que ela tomou meus lábios para si, a primeira vez que dissemos “eu te amo”.
Com um pequeno esforço, olhei mais uma vez para fora, pelo vidro embaçado e arranhado.
Sentada ainda, ela sorria.
E sorri de volta, mesmo sem saber se me via.

Filme - Apenas uma Vez


Um filminho independente que acabou ganhando o Oscar de melhor canção original. Ninguém, eu incluído, esperava grandes coisa. Depois de assisti-lo, tornou-se meu filme preferido assim que os créditos rolaram, e continua sendo até hoje.

Rapaz que trabalha com o pai numa loja de consertar aspiradores, toca violão pelas ruas para ganhar uma graninha extra. À noite, quando pode tocar suas próprias composições, uma garota puxa conversa. "Acho que se tocar essa música para ela, você a ganha de volta."
O papo pega os dois de surpresa. Ainda na pequena conversa, ele menciona consertar aspiradores, e ela tem um aspirador quebrado. Começa então, a amizade dos dois.

O grande triunfo do filme á a naturalidade da atuações e da história. Glen Hansard e Marketa Irglova, o casal principal, são amigos na vida real. Ele era vocalista da banda The Frames, realmente canta, e o diretor do filme era o baixista da banda.
O sotaque Tcheco de Marketa é verdadeiro também.
Além de que, se engana quem pensa que se trata de um romance.

O filme segue, sem muito drama, sem uma história complexa, apenas segue, enquanto a amizade cresce e belas músicas surgem... ainda percebemos que o rapaz (pois é, nem ele nem ela tem nome) ainda ama a garota de suas músicas. Ela, cuidando de uma filha pequena, tem problemas com o marido, algo que fica cristalmente claro quando toca uma música que compôs para ele no piano, acabando por derramar algumas lágrimas no processo.
Cada um com seus problemas, devem viver a vida e seguir seus caminhos, mesmo que o tempo todo, eles pareçam ser perfeitos juntos (até na vida real).

No fundo, é um romance. Algo próximo da vida real, que realmente emociona, e quando os créditos rolam, a última coisa que você pensa é "bá, eles nem se beijaram."
A primeira coisa é "esse final foi perfeito."

Nota: 5/5

A música que ganhou o Oscar (e é um dos momentos mais lindos do cinema):



E a música que foi pro marido dela:

Bliss


Ok, depois de ontem à noite, esse último (e deprimente) post perdeu o sentido.

Talvez a vida não seja tão injusta afinal.

Ou está só esperando para puxar o tapete de novo. Vai entender.

^^



**

Mais críticas de filme chegando logo... aguarde o/

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Pesquisa comprova...

Pesquisa comprova que mulheres que dizem "não" para homens interessados se sentem mais confiantes.

Hm, eu faço as garotas se sentirem o máximo então.

Credo.

**

Pelo menos aqui eu me dou bem (pelo menos acho):
http://tiny.cc/VaueC



Shit.

Meeting People is Easy


De fato, conhecer pessoas é fácil. Para isso tem Orkut, Omegle, Facebook, um bar na esquina, etc. As possibilidades são infinitas.

Mas certos dias, eu olho para cima refletindo, e fico feliz em como às vezes, parece que conheço as pessoas certas.

Pessoas apaixonantes, pessoas surtadas, pessoas misteriosas...
Parece que estou num livro cheio de personagens carismáticos.

Mágica? Universo? Teoria do Caos?
Não importa, só fico feliz por ter tido a chance de conhecer certas pessoas. Pessoas... maravilhosas.


**

Investigar:
http://netart.incubadora.fapesp.br/portal/Members/vera_bighetti/textos/document.2005-09-25.0389931600/document_view

http://dvdworld.com.br/dvdworld.hts?+BR77860+acha

Filme - Terror na Antártida


É um tanto decepcionante ver um filme que ficou em pós-produção por séculos acabar sendo tão... monótono.
Não é pra menos ter demorado tanto - cada floco de neve do filme é feito por computador, assim como o ar frio que sai das bocas dos atores. Estranho ter demorado tanto "só" para isso, mas mesmo assim, o clima frio foi muito bem criado.
Pena que a história não se segure sozinha.
Começa interessante, com a gata Kate Beckinsale de policial investigando um corpo encontrado no gelo, que pode ser o primeiro assassinato na história da Antártida. Mas esse corpo leva a outro e a coisa é bem maior do que parece. O fato de se passar num lugar tão isolado serve como elemento de suspense, principalmente nas cenas em que alguém tem que passar pela neve caminhando, seguros apenas por um cabo no chão. Mas só isso não basta.
Nenhuma atuação está acima da média, o filme começa, acaba, e você fica se perguntando que diferença fez.

É baseado numa premiada HQ (veja aqui http://www.devir.com.br/hqs/whiteout_001.php).

Infelizmente a ideia é mal utilizada, nenhuma cena se destaca e nada é impactante, muito menos a revelação final.

Poderia ser bem² melhor.

Nota: 1,5/5

Espiadinha básica:

Filme - Pacto Secreto


Ok, ok, confesso, não era tão ruim quanto eu pensava. Mas minha expectativa era muito baixa.
Desde que vi o trailer, não desperdiçava uma oportunidade para queimar o filme mentalmente, afinal, quem não está cansado de sinopses que começam com "Um grupo de adolescentes...". Está tudo aqui, personagens irreais, sustos falsos (outros não), putaria (muita - o que você queria num filme com sete protagonistas femininas?), e violência (bem feita).
A desculpa para a matança começa quando, numa festa, um grupo de adolescentes (argh), todas garotas de uma pequena irmandade, resolvem pregar uma peça de mau gosto num garoto. Durante os amassos com uma delas, a Mag, ela finge ter uma convulsão para assustar o guri e as garotas acabam levando a brincadeira longe demais. Vão todas para um fim de mundo, fingindo que vão enterrar o corpo, enquanto o garoto se desespera cada vez mais.
- Ah, mas se enterrarmos o corpo com ar nos pulmões, ele pode subir. - alguém diz.
Bom, não deveria ter dito tal coisa perto de um garoto perturbado, pois o que ele faz é simplesmente tirar o ar dos pulmões da garota... com uma chave de fenda.
Obviamente, a ideia genial (e forçada) do roteiro mata a garota de verdade dessa vez, o que deveria ser devastador, mas suas "irmãs" tem um tempinho para discutir seus destinos. A "alfa" do time decide simplesmente se livrar do corpo e seguir com suas vidas.
Quem quer amigas assim, certo?
Corpo é jogado num poço, e oito meses depois, já na formatura, todas recebem uma mensagem suspeita no celular, uma foto daquela chave de fenda que matou a ex-amiga. Brincadeira doentia?, elas pensam. Bom, mas como foi que tudo começou, né?
Aí vem tudo que você já espera, mortes violentas no meio da festa de formatura, que sim, conta com mais putaria.

É bem produzidinho, mas comete os mesmos erros de todos seus antepassados.
Roteiro bobinho e inverossímil, o único trunfo, pelo menos para minha mente de raciocínio lento, foi conseguir manter a identidade do assassino até o final. Mas nesse ponto, se o assassino fosse o Obama, ainda não seria impactante.

Cópia da cópia da cópia da cópia.

Nota: 1/5

O trailer para dar uma espiada:

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Música - Muse - Origin of Symmetry


Talvez o álbum que me fez amar a banda Muse. Desde o começo, com New Born, uma das melhores músicas de Rock já feitas (com um dos melhores riffs também), até o final, com Megalomania, a soturna última faixa, embalada por órgãos de igreja opressores.
A segunda faixa, a ótima Bliss, mostra a habilidade do trio de fazer belos arranjos, criando texturas e atmosferas, ora lindas, ora sombrias, ora ambas(!).
Em seguida, Space Dementia, começa com um piano assustador, e se desenrola progressivamente, da calmaria a tempestade. Eles gostam disso, da calmaria antes da tempestade. De fato, funciona bem, mesmo quando a essa calmaria é um Matthew Bellamy raivoso, pressionando a palheta nas cordas, criando um som estridente e metálico, para então estourar de fúria no refrão "I don't want you and I never did, I don't want you and I never will" (Eu não te quero e nunca quis, eu não te quero e nunca vou querer.)

É sim, um álbum doloroso. Triste e pesado.
Mesmo assim, há momentos chicletões, como o single Plug in Baby - o riff principal poderia ser um solo erudito se tocado acusticamente, mas, convenhamos, distorção é melhor do que sem distorção.

Mais uma faixa progressiva, Citizen Erased, de sete minutos. Guitarra com harmônicos, bateria alucinada, palavras de dor, então o ritmo quebra, e um solinho tranquilo relaxa o ouvido, mesmo que no fundo ainda diga "espere pela próxima tempestade". E que tempestade.

Aí, o nível cai um pouco (mas só um pouco).
Não sei como o vocalista ainda consegue falar depois de Micro Cuts - como alguém consegue gritar com falsete?! Sei não, mas ele consegue.
Finalmente, uma música sem paulera, que também é a mais fraca do álbum, Screenager. Dedilhado clássico, sintetizadores crescentes... mas é fraca.
Então vem o trio que encerra o disco, a bacana Dark Shines, a feliz (e única faixa que emana felicidade do álbum) Feeling Good, que é cover de uma música clássica do Jazz.
Megalomania, claustrofóbica, sombria, encerra o álbum. Órgãos opressores parecem nos fazer ficar de joelhos e contemplar o fim de tudo. Matthew diz "Take off your disguise, I know behind the mask it's me! (Tire seu disfarce, eu sei que por trás da máscara sou eu).

Enfim, é uma paulera tão deliciosa, tão barulhenta, daquelas que da vontade de gritar junto, mesmo que esteja tentando "gritar" o solo de guitarra.
Ah, como você provavelmente já percebeu, esse é o álbum que dá nome ao blog :)

Nota: 4/5

Só achei essa merda dessa música com sub em espanhol... dane-se:


E essa performance mais do que explosiva de New Born:


o/

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Filme - 500 Dias com Ela


O pôster diz tudo. Ele se apaixona, ela não. Oh, céus, quantas vezes estive nessa situação? Bom, que garoto nunca esteve, certo? Pois lhes apresento uma das melhores comédias românticas que já vi, e de longe, a mais adulta.
Tom, que escreve cartões comemorativos e afins, se apaixona pela nova assistente de seu chefe, Summer. Todos os garotos/homens da face da terra vão se ver no lugar dele, naquelas situações de ficar bobo com um sorriso da garota, levar a depressão um simples comentário como "eu tive uma noite boooa (você vai entender quando ver)", ou até, numa cena antológica, a expectativa para os reencontros, uma das piores coisas de estar apaixonado.
O diretor, Marc Webb (que dirigiu o clipe 21 Guns do Green Day), acerta em cheio o tempo todo, equilibrando o humor, seus bons atores, a ótima trilha, além, claro, do desespero do garoto enquanto lembra das situações tragicômicas.
O filme narra os 500 dias que ele passou com ela, desde que a conheceu, até quando a perdeu e sofreu, muito. A narrativa é não-linear, e somos levados aos dias aleatoriamente. À princípio, achei que seria confuso, mas é muito fácil de acompanhar. Na verdade, é um dos grandes charmes do filme, a mudança de dias, ora sutil, ora brusca (a primeira cena com diálogos do filme é quase no dia 300, até que "voltamos" ao dia 1).

A indicação ao Globo de Ouro como comédia é merecida, apesar de que ainda não posso dizer se ganha, pois dos indicados só vi esse e "Se Beber, Não Case", que é muito bom, mas inferior a 500 Dias...
O rapaz, Joseph Gordon-Levitt, indicado a melhor ator no Globo de Ouro, deve perder para Daniel Day-Lewis ou outro, mas sua atuação merece destaque mesmo assim.

Uma comédia romântica diferente de todas as outras, porque, como um narrador avisa logo no começo, "isso é uma história de um garoto que conhece uma garota, mas isso não é uma história de amor".

Impossível segurar o sorriso quando os créditos surgem.

Nota: 4,5/5

Filme - 2012


Ontem mesmo eu estava pensando nesse filme, me deu uma vontade incontrolável de escrever sobre ele. Não por ser grandes coisa, mas achei que seria engraçado.
É tudo tão clichê, mas tããão clichê, que até essa crítica será clichê. Repetitivo? Não espero mais do que isso do filme.
O primeiro elemento é a família desajustada e o pai carismático (John Cusack), que tenta escrever alguma coisa que preste enquanto luta para ganhar a confiança dos filhos. Do lado do governo, tem o presidente (negro, claro) e um ou dois líderes do mal como antagonistas. O alívio cômico fica com Woody Harrelson, em um papel caricato e um tanto exagerado.
Formado o elenco bacana, começa a paulera que dura todas as duas horas e pouco de projeção. A crosta da terra fica solta no planeta, invertendo polos, levantando continente como se fossem papelão, e nossa destemida família no meio de tudo, com um aeroplano, se safando de tudo.
Tá, impossível não se divertir nem um pouco com as bobiças. Os efeitos são realmente espetaculares e assustadores, apesar de não causarem tanto impacto hoje. A ação empolga, mesmo que inverossímil e previsível na maior parte do tempo, principalmente no primeiro terremoto, onde o grupo foge e desvia de prédios numa limusine(!). O roteiro não foge do que você já deve ter visto em outros filmes - nenhum dos protagonistas tinha algum amigo próximo para sentir falta, e conseguem até fazer piadas no meio do fim do mundo. Literalmente, fugindo de limusine, no meio de prédios caindo como gelatina, e fazem piadas. Ok, até que tem graça, mas só torna tudo ainda mais inacreditável, no sentido ruim. O fim do mundo deveria ser assustador, horrível, não divertido.

Conclusão: barulhento, visualmente incrível, divertido, e só. De alguma forma, o roteiro ainda transforma o fim do mundo numa boa notícia.

(OBS para brasileiros: não espere ver o Cristo Redentor detonar mil pessoas em alta definição, pois ele só aparece por dois segundos no filme, e numa TV bem vagabunda ainda.)

Nota: 2,5/5