tag:blogger.com,1999:blog-10332263111892836992024-03-21T21:27:42.380-03:00Origem da SimetriaSe há algum tipo de magia no mundo, ela deve estar na tentativa de entender e compartilhar algo com alguém.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.comBlogger82125tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-21347975470775025962010-08-19T18:44:00.003-03:002010-08-19T18:47:36.338-03:00MigrandoAe, hoje depois de anos, consegui entrar na conta de novo; pro pessoal que ainda presta atenção no blog praticamente morto, eu criei um novo - Disintegration.<div><br /></div><div>http://disintegrate-me.blogspot.com</div><div><br /></div><div>Já tem vários textos, é uma experiência diferente, sei lá, foi como terminar um caderno e começar outro. Mas quem escreve ainda é o mesmo bobo :P</div><div><br /></div><div></div>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-46576868842252094972010-06-27T01:05:00.000-03:002010-06-27T01:06:15.787-03:00After Life, After LoveSempre teve alguma coisa por trens.<br /><br />Várias vezes em sua vida, os via como metáforas visuais perfeitas sobre decisões, amor, poesias, e tudo mais. Começou quando, uma vez na adolescência, fez um conto que se passava numa estação de trem. Era bonitinho, o garoto precisava ir, a garota chorava muito... a porta dupla se fechava e ele ia embora, mas ficava lá, de certa forma.<br /><br />Lembrar de sua jornada também parece como estar dentro de um trem. Olha pela janela, vendo os acontecimentos marcantes, as bobiças com os amigos quando tinha dezesseis anos. Gostavam de subir num morro e estourar rojões embaixo das fezes das vacas.<br /><br />Também sempre teve uma paixão por música. Qualquer momento, escutava as suas favoritas, ou inventava melodias no piano em sua cabeça. A ironia é que nunca soube tocar piano.<br />De todos os sonhos que teve, pôde chegar até ali feliz de ter provado que o amor era verdadeiro. Um sonho, sim, mas real, também.<br /><br />Imaginou-se entrando num trem, mas sem saber para onde. Era fascinante, uma viagem sem volta para um lugar desconhecido que se fosse apenas vazio, apenas o fim, iria com tranquilidade, pois vivera uma boa vida.<br /><br />Então entrou nesse trem, deixou a porta se fechar. Imaginou apenas uma pessoa ali dentro, mesmo que ela já tivesse entrado nesse trem um pouco antes.<br /><br />Sorriu, e ironicamente, nunca havia andado num trem toda sua vida.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-55658858393686927292010-06-21T23:50:00.003-03:002010-06-22T00:26:56.439-03:00Lembranças<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDdt_gyeVPrXidZh3ztW-57PVfO1atXQt8-Iz4u7qIoe87VVDLS3cqLbU7SsqlIoioE9HP2wLBQWtoczodJf_k33Lny9P5HwtJoNQPRC6vR4JF7hrCsTrmAq1MHNkmXqknC8QwFDmGrlM/s1600/robert-pattinson-emilie-de-ravin-remember-me.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDdt_gyeVPrXidZh3ztW-57PVfO1atXQt8-Iz4u7qIoe87VVDLS3cqLbU7SsqlIoioE9HP2wLBQWtoczodJf_k33Lny9P5HwtJoNQPRC6vR4JF7hrCsTrmAq1MHNkmXqknC8QwFDmGrlM/s200/robert-pattinson-emilie-de-ravin-remember-me.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5485434059622726322" border="0" /></a>Acontece nos dias mais comuns,<br />numa noite aberta,<br />quando menos se espera.<br /><br />Cria-se a lembrança,<br />parágrafos e páginas que se prendem à lugares,<br />pequenos objetos,<br />folhas de papel,<br />olhares e toques.<br /><br />Nunca se sabe a hora de dizer adeus,<br />de pensar por uma última vez em como foi bom.<br />Nunca sei se estou preparado o tempo todo para isso,<br />por mais que tente.<br />Poderia levar comigo as lembranças?<br /><br />Ou poderia ter um longuíssimo segundo antes de ir,<br />para revistar cada uma delas com carinho?<br /><br />Poderia pedir, que nesses últimos momentos,<br />você lembrasse de mim como lembrarei de você?Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-34729948992414126492010-06-18T00:22:00.004-03:002010-06-18T11:42:22.221-03:00Algo sobre o amor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRYnne7TsjP2frZQJLHQBQJcZsfi-xsNPOhl13BqkESjiEIBOQUE8kzvVT3liD7GHubpKtUVnc3HZcHB0MdIf9m5G1T1rDdkwGgiEM1utESnyBsxqXlPcAPA-BqCMbRafVd7owLwJ1vas/s1600/platonico.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRYnne7TsjP2frZQJLHQBQJcZsfi-xsNPOhl13BqkESjiEIBOQUE8kzvVT3liD7GHubpKtUVnc3HZcHB0MdIf9m5G1T1rDdkwGgiEM1utESnyBsxqXlPcAPA-BqCMbRafVd7owLwJ1vas/s200/platonico.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5483949514999568130" border="0" /></a>OBS: pequeno trabalho em desenvolvimento para aula de filosofia. Ainda vou melhorar, mas faz tanto tempo que não publico nada que, bom, aí está.<br /><br />O amor é um dos temas mais explorados da literatura, ainda que a quantidade de palavras gastas para falar sobre esse sentimento não o tenha esclarecido, pelo contrário, muitas vezes parece deixá-lo mais misterioso, maior e quase sempre, com tons de impossiblidade. Simplificadamente, seria um vínculo emocional muito forte com alguém.<br />Por quê? Ninguém sabe ao certo - ninguém quer saber. Uma das delícias do sentimento está na dificuldade de explicá-lo, descobrí-lo e cultivá-lo. Desde os tempos de Romeu e Julieta havia o tal "grande amor" na cabeça das pessoas, aquela idéia geral de que um dia se encontraria um grande amor com quem passaria o resto da vida. Os desenhos animados ajudam, com histórias do tipo Bela e a Fera, Bela Adormecida, etc, sempre com o cavalheiro excepcional e gentil, e a princesa bela e inocente. Por um tempo, permanecia assim a ideia de amor eterno, mas as coisas mudaram.<br />Hoje, um chamado "príncipe" é bem difícil de se encontrar, e as princesas não são mais tão inocentes. A adolescência atual, o modo de ver e viver as coisas, acabou prejudicando a visão antes poética do amor, dando maior espaço aos desejos físicos imediatos, luxúria mesmo. Pouco importa o sentimento interno que dá vontade de sonhar coisas impossíveis, afinal, isso é coisa de garotas feias demais para ficar com alguém que gostam de ler livros.<br />O meio termo seria a visão mais correta, entre o respeito ao sentimento e a chamada luxúria, palavra feia por ser mal usada, mas o contato físico é uma das principais formas de expressão na falta de palavras, especialmente o beijo. O amor hoje em dia é extremamente banalizado, pois é um sentimento puro, que pode se sentir entre amigos, pelos pais, irmãos, etc, não apenas por aquela pessoa que mexe com os pensamentos. Esse amor relacionado à paixão, o mais discutido e complicado de todos, é talvez o mais banalizado. O fato de ser considerado "bonitinho" faz com que seja usado como arma de conquista, afinal garotas gostam de coisas fofinhas. É quando o jogo da conquista torna-se um jogo de bajulação e mentiras.<br />Mas essa é a visão generalizada. A tão notória frase "eu te amo" tem um significado profundo para muitos também, tanto que pode acontecer de esta nunca ser pronunciada antes de algum tipo de certeza, certeza de quão real é o sentimento e de que vai durar.<br />A questão da realidade e sonho também é interessante e bem explorada na literatura. Quem já se apaixonou sabe que quando as coisas dão muito certo, chega a criar-se um medo de que está bom demais para ser verdade, de que aquilo tudo não é possível, ainda que esteja acontecendo. Como se pode ter uma paixão tão grande por uma única pessoa? Culpe o cérebro.<br />A visão do príncipe ou da princesa é criada durante a educação e amadurecimento, de acordo com nossos gostos e desgostos, personalidade e tudo mais. Assim que tudo se encaixa, pronto, antes que perceba ou possa correr, caiu na armadilha. É uma sensação estranha, a de se apaixonar, pois existem tantas incertezas, risos involuntários, segundos de reflexão, tantas coisas que nos fazem pensar na vida de forma diferente, como se as coisas estivessem mesmo melhores, como se a vida fosse melhor e mais feliz, e sem aquele amor, não seria nada. Mesmo negando, a faísca acende o fogo ali na nossa cabeça, e quando percebemos já é tarde demais.<br />Para uma boa parte da população, começam então os sonhos, as viagens em geral. Tem a outra parte, que prefere tentar fugir da confusão, afinal, não vale a pena perder tanto tempo sabendo que tudo pode acabar em nada, como sendo apenas uma ilusão real demais. Ocasionalmente, acaba mesmo com um final triste, cheio de minutos demorados, música emo e comédias românticas. Mas até que ponto pode se chamar isso de sofrer por amor?<br />Quantas vezes vimos o caso da garota que "ama" um galinha qualquer que a trata como lixo? Esterótipos de filmes colegiais à parte, existe diferença exorbitante entre atração e amor, ainda que estes andem de mãos dadas. O vínculo emocional se forma com conhecimento mútuo, carinho e dedicação, pelo menos, na maioria das vezes. A atração pode brotar apenas pelo contato visual, uma espécie de "amor à primeira vista". O amor romântico, como já mencionado, é complexo. É fácil distinguir atração do real sentimento? Não, não é. É o tipo de experiência que nos engana cruelmente, do tipo que só vivendo e errando para aprender a se importar. A aparência é outra polêmica, pode ajudar, atrapalhar, ou até ficar em segundo plano em frente ao sentimento.<br />Mas voltando um pouco, a questão do contato físico é tida como importante no romance, principalmente o beijo. O toque dos lábios é como o começo de algo, a repentina mudança nos sentimentos. Ou não. Pode ser apenas um toque de lábios e línguas qualquer. Nesse momento fica mais fácil (ou não) de sentir o vínculo, se é romântico, ou apenas sexual.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-85004305131036663842010-06-09T00:07:00.004-03:002010-06-09T00:35:01.753-03:00Nutshell<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn6FgdGz2nXwqlHbhBV7ao3baKFMokB1aFv4STI-1_2ps_21U2XDX5_GSQY0arrMF3IRiC0yjMjVR-qDS_Y8pZvcId3v4Smp8HELLzktvx7OGsObobKO-4P-YXerE8uf6NajXflMKvhhI/s1600/casal.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 186px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn6FgdGz2nXwqlHbhBV7ao3baKFMokB1aFv4STI-1_2ps_21U2XDX5_GSQY0arrMF3IRiC0yjMjVR-qDS_Y8pZvcId3v4Smp8HELLzktvx7OGsObobKO-4P-YXerE8uf6NajXflMKvhhI/s200/casal.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480612231393601778" border="0" /></a>Deitados na grama,<br />encostados na árvore,<br />realmente pensei que aquele momento seria para sempre.<br /><br />Os carros passam,<br />pessoas e suas histórias correm nunca se encontrando,<br />enquanto a nossa se encontrava.<br /><br />O tempo corre em seus relógios,<br />no nosso não.<br /><br />A noite fria me fazia tremer,<br />o frio que o calor de seus olhos não conseguia dissipar.<br /><br />Os minutos passavam,<br />e de cinco em cinco, perguntava-me:<br />isto é mesmo possível?<br /><br />Queria me beliscar,<br />checar se não estava dormindo.<br /><br />Poderia aquele ser o sonho mais perfeito de todos?Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-76020859041350690362010-06-06T20:45:00.004-03:002010-06-06T21:10:14.252-03:00Viva as amizades!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioHfrb9C_j9YJr9rS9kWWvju2tS5shT8_duSlxCeOz8dPfSAe7t8PvKsYTj2zXTVN0pmfRjxbSiaKZDK9biemN4azD7uUSouepFDuE6cGAmvs7Wj0nX0-xBpc5lEY2UDRcan_LNTFu8BY/s1600/Radiohead-Kid-A---Mouse.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 113px; height: 113px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioHfrb9C_j9YJr9rS9kWWvju2tS5shT8_duSlxCeOz8dPfSAe7t8PvKsYTj2zXTVN0pmfRjxbSiaKZDK9biemN4azD7uUSouepFDuE6cGAmvs7Wj0nX0-xBpc5lEY2UDRcan_LNTFu8BY/s200/Radiohead-Kid-A---Mouse.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479814252433186738" /></a>Vemos pessoas todos os dias, todos os curtos dias dos quase 400 de cada ano. Para alguém que mora em cidades pequenas como eu, reconhecemos rostos eventualmente, mesmo que a pessoa por trás dele continue um mistério intocável.<div><br /></div><div>Surpreso fico é com as pessoas que entram em nossa vida impressionando, chegam chegando sabe, imediatamente mostrando a pessoa que é, automaticamente tendo seu rosto marcado com adjetivos louváveis - sincero, misterioso, querido, divertido...</div><div>A parte engraçada é que tal rosto nunca havia aparecido por aí antes. Penso que talvez, estavam se escondendo para serem encontrados na hora certa. Figuramente falando.</div><div><br /></div><div>Fico feliz com as pessoas que trazem alegria para minha vida e gosto de ser a alegria na vida de outras pessoas também - tarefa mais ou menos árdua (risos).</div><div><br /></div><div>Amigos e amigas, novos e velhos, essa é pra vocês!</div><div><br /></div><div><br /></div><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/hn_ihMmO7BA&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/hn_ihMmO7BA&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-20415597037560689232010-06-05T14:11:00.009-03:002010-06-05T14:46:15.873-03:00In Rainbows<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF3jTazbfEDHArIrgayQOq_JnhA1Jq1qbkwO6t0pFZH3Fz2JdON6dd41BnGDmOWKO3pWcXl1aEcTbllPFzBK6JeZAZiv85pNsK6PSrMtxoiXzs9fO8RbaSrts3fPiH1eY2UONKE1j2s3Q/s1600/18351-67390-1280.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF3jTazbfEDHArIrgayQOq_JnhA1Jq1qbkwO6t0pFZH3Fz2JdON6dd41BnGDmOWKO3pWcXl1aEcTbllPFzBK6JeZAZiv85pNsK6PSrMtxoiXzs9fO8RbaSrts3fPiH1eY2UONKE1j2s3Q/s200/18351-67390-1280.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5479347052714797298" border="0" /></a>Vai passando,<br />devagar...<br /><br /><br />As coisas loucas,<br />já não consigo acompanhar.<br /><br />Não consigo encarar a tarde ensolarada,<br />ela me trás lembranças.<br /><br />Não consigo encarar a noite e a lua,<br />me deixa perdido.<br /><br />É muito poderoso,<br />sou tão pequeno.<br /><br />As boas ideias acabam,<br />as que não vão acontecer.<br /><br />Quando as encontro,<br />já partiram novamente.<br /><br />Fecho os olhos,<br />não é bom ficar no escuro.<br /><br />Abro os olhos,<br />estou ali, não aqui.<br /><br />Estou sumindo pela falta de forças,<br />perdendo a batalha para mim mesmo,<br />já cheio de cicatrizes,<br />cansado.<br /><br /><br />Dou as costas sabendo que não perdi a batalha para ter você,<br />sabendo que o meu coração você também teve nas mãos.<br /><br />Mas talvez,<br />o que importe seja o que aprendemos,<br />não o que ganhamos.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-78686041761303754952010-06-03T15:18:00.004-03:002010-06-03T15:41:33.203-03:00Remember...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9JHjdEe-Xf2Wg_gMJS6KZy1Az2m5HJTsfk8h8omQ25hTBQG7xdhVP8T_YWCF4ZQNvyc0vuyVrfsaGpViWAjKhY-fbs-pRd7pADL-XYra_kqNxegygF6iFk0Oo6yvcBPrQDzBd5woy6kc/s1600/moon.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9JHjdEe-Xf2Wg_gMJS6KZy1Az2m5HJTsfk8h8omQ25hTBQG7xdhVP8T_YWCF4ZQNvyc0vuyVrfsaGpViWAjKhY-fbs-pRd7pADL-XYra_kqNxegygF6iFk0Oo6yvcBPrQDzBd5woy6kc/s200/moon.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5478619306024422930" border="0" /></a>É quando penso que acabou,<br />que está começando.<br /><br />É quando não estou vivendo,<br />apenas matando tempo.<br /><br />É quando está chovendo,<br />que estou cantando.<br /><br />É quando a lua ilumina o céu,<br />quando respiro fundo.<br /><br />É quando escrevo,<br />que tento entender.<br /><br /><br />São nesses momentos,<br />quando perco tempo,<br />que estou te amando.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-86245613684866866632010-05-30T23:38:00.004-03:002010-05-31T01:02:21.670-03:00<span style="font-style: italic;">"Ultimamente parece que só tenho você de verdade quando conversamos, é quando me sinto seguro, com os pés no chão. O resto do dia eu não vivo de verdade, apenas mato tempo esperando pela próxima conversa."</span><br /><br />Andei meio viajão ultimamente. Tipo, mais do que de costume, por isso tanto tempo sem postar nada aqui. Muitas coisas mudaram no dia-a-dia, muitos novos detalhes e pensamentos, precisava assimilar tudo de novo, tudo que eu conhecia mudou. Nisso que dá assumir uma religião...<br />Claro que não foi só isso que tem a ver com mudanças. O trecho acima é de um caderno onde escrevo minha infinita declaração a uma garota - yep, ela de novo. Ela que traz cores para meus dias e minhas noites, uma chama sempre acesa dentro do meu peito.<br />Ok, não sendo tão intenso, apenas digo que a amo.<br /><br />Não tenho mais o que dizer, só passei para não deixar criar teias aqui (risos).<br />Ah e a correria não me permitiu selecionar os blogs pra mandar o selinho Dardos, que nem coloquei no meu ainda... que vergonha! Tudo se resolverá na próxima tarde livre.<br /><br />Finalizando com minha última descoberta musical, uma banda sensacional que vai do romance mais obsessivo à claustrofobia mais horrorosa. Escolhi uma música que representa o primeiro caso:<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OpAYt-LzNWA&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/OpAYt-LzNWA&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-81654839494600566602010-05-23T20:13:00.001-03:002010-05-23T20:17:09.219-03:00Vontades<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8NcQMaChxBFTDILb1zxc8pXKvq2TSF91FDsFBg91_j_ucf7cp06MAaakQCzDgFZHyYRltHKuwMfMMtgt0DnZXPaEpYokLXtsQWVdo_7CZ7bStbZFYLYbi6Z71smVYQ8QrjTvApRjZfyU/s1600/2413505.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 134px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8NcQMaChxBFTDILb1zxc8pXKvq2TSF91FDsFBg91_j_ucf7cp06MAaakQCzDgFZHyYRltHKuwMfMMtgt0DnZXPaEpYokLXtsQWVdo_7CZ7bStbZFYLYbi6Z71smVYQ8QrjTvApRjZfyU/s200/2413505.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5474608260059559826" border="0" /></a>Não cresça muito rápido,<br />não hesite,<br />não.<br /><br />O tempo é um rio,<br />flutuamos por cima dele,<br />sem tocá-lo.<br /><br />Cresça,<br />viva,<br />mas não se engane.<br /><br />Corra,<br />brinque,<br />mas não me deixe.<br /><br />Quando for tarde,<br />lembre-se de mim e do tempo.<br /><br />Ainda estarei arrastando-me atrás dele,<br />alguns anos no passado.<br /><br />Queria eu desaparecer,<br />esquecer.<br /><br />Queria eu.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-9924480940383939352010-05-19T22:40:00.004-03:002010-05-20T00:14:09.949-03:00Wicca?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7XsW4m6aFofmuT2GGMg9xIVzPkzOGJQXW0wR-_pYj_EtftXz550juXAX4DFDuLFdiKOWNApcy-CrJyiSZD8qR0OszpVgmWABTWI9uTE5jpES-ylnk6b7In__OmX_hfMH8agezpga58w/s1600/lei-wicca.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 161px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjN7XsW4m6aFofmuT2GGMg9xIVzPkzOGJQXW0wR-_pYj_EtftXz550juXAX4DFDuLFdiKOWNApcy-CrJyiSZD8qR0OszpVgmWABTWI9uTE5jpES-ylnk6b7In__OmX_hfMH8agezpga58w/s200/lei-wicca.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473175389600447506" border="0" /></a>Recebi muito essa pergunta ultimamente (risos). As palavras a seguir são de Gwinevere Rain, a autora do livro onde descobri a religião. Antes, uma lista de coisas para quebrar o estereótipo que surge quando a palavra bruxaria é mencionada, também encontrado no site dela. Confiram, é bem interessante.<strong><br /><br /><span style="font-style: italic;">Checagem de Fatos Wicca</span> </strong><span style="font-style: italic;"> 1. Wiccanos acreditam no lema "Não prejudique ninguém".</span><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">2. Homens e Mulheres podem ser Wiccanos.</span><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">3. Wiccanos não acreditam em Satã ou no Diabo.</span><span style="font-style: italic;"><br /></span><span style="font-style: italic;">4. Não voamos em vassouras, varremos energias negativas com elas!<br /></span><span style="font-style: italic;">5. Ofertas são feitas em potes, conchas do mar, poemas, cristais, etc., não com coisas nojentas. </span> <span style="font-style: italic;"><br />6. Intuição é um grande poder, mas nem todos Wiccanos são psíquicos.</span> <span style="font-style: italic;"><br />7. Você não precisa nascer em uma família Wiccana para ser Wiccano.</span> <span style="font-style: italic;"><br />8. Não lançamos maldições ou pragas</span> (OBS do Jack: elas existem, mas vão contra a regra "Não prejudique ninguém" e implica na ideia de que o que você faz voltará para você).<br /><span style="font-style: italic;">9. Charmed, Buffy e Sabrina são ótimos shows, mas não retratam a Wicca precisamente.</span> <span style="font-style: italic;"><br />10. Você não precisa de um "sábio mentor". É possível aprender tudo por conta própria.</span><br /><br />Agora o texto:<br /><span style="font-style: italic;">"Wicca é uma religião. Foi fundada por um homem chamado Gerald Gardner na década de 1950. Desde então Wicca evolui e atingiu um grande número de seguidores.</span> <span style="font-style: italic;">Wiccanos (os praticantes da religião) a personalizam para encaixar em seu estilo de vida. Alguns são solitários, significando que praticam sozinhos - enquanto outros pertencem a um Coven e celebram sua fé em grupo. Apesar da variação na prática, existem ensinamentos centrais. Primeiro, a regra de conduta que diz, "Não prejudique ninguém." Isso significa que Wiccanos evitam conscientemente ferir outros fisicamente, emocionalmente ou atrapalhar em seu livre-arbítrio.</span> <p style="font-style: italic;">Outro ensinamento central é a Regra dos Três. É uma crença no Karma de que a energia que você manda (positiva ou negativa) você eventualmente recebe de volta três vezes. Isso nos faz tratar os outros como gostaríamos de sermos tratados.<br /></p> <p style="font-style: italic;">Wiccanos acreditam em uma força superior. No entanto, essa força se divide em duas formas onipresentes, o Deus e a Deusa. São uma parte central da religião. Os honramos através de rituais, preces, e feriados (chamados Sabás). A deusa e o Deus são vistos de forma diferente por cada praticante, assumindo um papel de mãe, pai, irmã, irmão etc. Suas energias são opostas, mas complementares, duas metades de um todo.<br /></p> <p style="font-style: italic;">No entanto, Wiccanos não vão a igrejas ou templos, muitos têm o que chamamos de "Altar". Essa mesa ou simples área é dedicada a preces, celebração, rituais e magia. Ali podemos encontrar estátuas representando o Deus e/ou a Deusa, velas, um prato de ofertas, incenso, e outras ferramentas úteis.<br /></p> <p style="font-style: italic;">A natureza tem um caminho importantíssimo nesse caminho, é vista como uma extensão da divindade. Logo, Wiccanos sentem que uma conexão com a natureza é uma conexão com a divindade. Frequentemente tem preocupações com o meio e com a saúde do planeta. </p> <p style="font-style: italic;">Eu mesma e outros praticantes acreditam que a pessoa deve sentir o caminho/fé/religião que deve seguir sozinho. Então, Wiccanos não pregam ou ensinam "uma verdade absoluta". Com a criação deste site e dos livros coloco a informação lá fora para educar. Se você acha que a Wicca se comunicou com você, existem várias seções para pesquisa aqui. Se acredita que a Wicca não parece certa para você, então bela jornada em seu caminho espiritual."</p>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-71676123048361382892010-05-16T17:54:00.002-03:002010-05-16T18:05:14.501-03:00Jack está de castigoIsso mesmo que você leu, enchi o saco da mãe por tanto tempo que ela me cortou a net até amanhã. Como estou aqui então? Meu pai é uma pessoa bem compreensiva.<br /><br />Logicamente não pude visitar nenhum blog desde sexta, quando o castigo começou, só estou aqui a trabalho... mas amanha volta ao normal, em termos. Voltamos a ativa.<br /><br />Na verdade, desde o último post estou me sentindo bem melhor em relação a tudo. Animei-me a escrever um bom (e grande) conto, sem pressa, cuidadosamente analisando cada linha, como fazia antes. Na escola as coisas vão melhorar também, amanhã vai ser o primeiro dia sentando na frente na aula de matemática - que maravilha né. Mas é necessário, ficar de recuperação em mais de duas matérias de novo (ano passado foram seis) é triste.<br /><br />Ok, não posso enrolar demais aqui. Ah outra coisa, aquela coisa de Wicca vem aparecendo no meu dia-a-dia sem querer, estou começando a pensar que é um bom caminho a seguir. Ao me colocar dentro disso, a sensação é boa, me sinto ajustado.<br /><br />Tatatatata, ninguém quer saber disso. Ainda assim, vou falar mais no próximo post. Agora vou trabalhar e aguardar ansiosamente pela nova música do Muse que sai amanhã...<br /><br />Bye!<br /><br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/oPclmNZh4kk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/oPclmNZh4kk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-24364505840338115602010-05-09T23:31:00.003-03:002010-05-10T00:19:10.029-03:00Ano zero.A tendência de organizar a vida em partes persiste.<br />Existe a vida real, massante, lotada de informações.<br /><br />A outra vida, sem nome ou definição, feita de sonhos, vontades, não precisa de tempo. Nela somos o que sonhamos, nem sempre temos o que queremos, nem o que precisamos, mas existe força necessária para não nos deixar cair.<br />Existem coisas bonitas que não precisam de palavras. É nessa vida que acontecem dias inesquecíveis.<br /><br />Procuro uma maneira de juntar essas duas partes.<br /><br />Ter uma vida cansativa, mas recompensadora. Feita de sonhos, desejos, com tempo curto, para fazer dos pequenos momentos os mais preciosos. Nela, ter o que preciso, depois de considerável luta, mas ter sempre força, pois a luta nunca acaba.<br />Queria ser eu mesmo dentro desse corpo que às vezes me engana. Ter alegria sempre cravada nos eventuais sorrisos.<br /><br />Queria apertar delete, começar de novo, fazer tudo diferente.<br />Mas estava aqui, vivendo, até agora aprendendo uma lição, uma demorada aventura até esse ponto de querer recomeçar. O recomeço não era literal, afinal, como dizem os velhos ditados, não podemos mudar o começo, mas podemos recomeçar e mudar o final.<br />Penso com muito cuidado nessas palavras. A sensação estranha de ser quem queriam que eu fosse não é agradável. Sei aqui dentro quem sou eu, sei quem é o Jack.<br /><span style="font-size:85%;"><br />Usar meu apelido como forma metafórica de recomeçar é uma boa ideia, afinal, ele surgiu em tempos de mudança mesmo.<br /></span><br />O Jack é educado, não gosta de falar palavrões, ama escrever, ama filmes, sonha em publicar um livro e dirigir um filme. É romântico, sonhador, tem seu próprio mundo interior, seu lugar feliz que lhe serve de refúgio nas horas silenciosas. Tem o costume de procurar beleza nas coisas simples, tentar escrever sobre elas. Gosta de olhar para as estrelas, gosta de sair com os amigos, mas não sabe se divertir em festas, não curte dançar e nem quer aprender, gosta de férias em Tramandaí. É extremamente desorganizado e desatencioso, defeitos dos quais não se orgulha, mas que não consegue mudar - falta de iniciativa, outro defeito.<br />Muito calmo, raramente se altera. Não gosta de confusão, brigas nem na TV, odeia tumultos e barulho. Exceto se for (boa) música em sua sala de estar ou num <a href="http://www.youtube.com/watch?v=j8WP7aOD_9Q">estádio na Inglaterra</a>.<br />Adoraria cantar ao vivo em alguma banda um dia, tocando guitarra. Porém não sabe cantar e aprende em passos de tartaruga, mas pelo menos, está tentando.<br />Acima de tudo, sem querer, colocou seu amor por uma garota. É o tempo mais precioso, e não consegue viver um dia sem que esta se intrometa - no bom sentido. Piegas, meloso, etc, mas lindo, ele pensa.<br /><br />Saindo da terceira pessoa <span style="font-size:78%;">(o que já estava me irritando).</span><br />Isso não tem nada a ver com o fato de eu não ser amado/reconhecido por meu esforço. É apenas uma busca pessoal - e meio louca, confesso. Para alguns, vem fácil, para mim não veio.<br /><br />Mas nesta segunda feita (hoje, pois já passou da meia noite), vou dormir para acordar diferente.<br />Sem radicalismo, sem desespero. Não é uma questão de ser o cara perfeito, é questão de ser <span style="font-style: italic;">quem eu sou</span>.<br /><br />Prazer, eu sou o Jack. E você?Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-74003479226537299802010-05-03T00:05:00.003-03:002010-05-03T00:35:46.120-03:00Let me, let me, let me...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAG72y5GoANxTIS1hJLbSh4pgaW2n-KS4cQdf1ZFI_O55c9fZbWssq8VEMxsLQy8gzAYhuwlz_g7BeANdoOxeNXxY_GXrwqVgYLpvAuPe_wybSHMKqGUWYqOPEC450LUO9GBOtBwoMqj0/s1600/the_end__ii.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 132px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAG72y5GoANxTIS1hJLbSh4pgaW2n-KS4cQdf1ZFI_O55c9fZbWssq8VEMxsLQy8gzAYhuwlz_g7BeANdoOxeNXxY_GXrwqVgYLpvAuPe_wybSHMKqGUWYqOPEC450LUO9GBOtBwoMqj0/s200/the_end__ii.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5466882315416845042" border="0" /></a>Tudo acaba.<br />Acaba meu amor,<br />minha ilusão,<br />o que for.<br /><br />Tudo que anseio,<br />aquilo que desejo.<br /><br />Acaba.<br /><br />Então deixe-me pegar sua mão, deixe-me ter o que eu mais quero. Deixe-me sonhar, como não sonho há tempos, como sonhava antes. Permita que eu me aproxime, que arrisque, que te convença a me beijar. Nunca dê um passo para trás quando estiver diante de mim, pois darei dois para frente. Nunca se deixe levar por aqueles outros garotos, sou melhor. Me dê seu olhar. Me dê seu coração também.<br /><br />Me dê amor e nada acaba. Nunca acaba.<br /><br /><br />**<br /><br /><span style="font-size:85%;">Ao som de <span style="font-style: italic;">Please Please Please Let Me Get What I Want,<br /></span>a música com menos de dois minutos mais linda que já ouvi.</span><br /><br /><span style="font-size:85%;">Essa pequena declaração veio para mim do nada. É ao mesmo tempo bobinha, mas sincera, como uma mistura das viagens de estar apaixonado, à coisa simples e aparentemente fúteis, como a competição com outros garotos.<br />Se possível escutem a música a seguir, que raiva, queria poder compor assim.<br /></span><br /><br /><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/7B6WSvyWkRk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/7B6WSvyWkRk&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-77312104794591402092010-05-01T00:31:00.005-03:002010-05-01T01:27:10.713-03:00Poesias que nunca mudam...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTamm5TZhgdff0q-DmQBCdPvykdYeTLeKVWBSEOq555BZhK4tL3bPw97H5Up_J79X4k2y7Lz5X_-Q6J8QDeOug_OKja0Blt8tcnkNcNZOpp-2g7DgWoZbN20TXu-M8iS9DW1vntSXtLE0/s1600/2stars.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 189px; height: 189px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTamm5TZhgdff0q-DmQBCdPvykdYeTLeKVWBSEOq555BZhK4tL3bPw97H5Up_J79X4k2y7Lz5X_-Q6J8QDeOug_OKja0Blt8tcnkNcNZOpp-2g7DgWoZbN20TXu-M8iS9DW1vntSXtLE0/s320/2stars.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5466153421933216530" border="0" /></a><br />Ele a imagina como sua estrela,<br />distante, mas sempre está ali, bela.<br />Mesmo no céu azul do dia,<br />escondida,<br />brilha.<br /><br />Todas as noites, pode vê-la novamente.<br /><br />E ela, cujos olhos brilham,<br />ora de felicidade,<br />ora pelas lágrimas,<br />ama-o tanto quanto.<br /><br />Tão forte,<br />tão claro,<br />tão forte...<br /><br />São lugares que não podem alcançar,<br />lugares que são rabiscos em suas imaginações,<br />traços fortes de saudades,<br />um pensando no dia-a-dia do outro.<br /><br /><span style="font-style: italic;">Onde estará agora?</span><br />Escapa o outro pensamento -<span style="font-style: italic;"> estará pensando em mim?</span><br /><br />Nas horas solitárias,<br />cheias de minutos arrastados,<br />existe fogo e gelo,<br />certeza e dúvida,<br />sorriso e lágrima - estes dois últimos, às vezes, ao mesmo tempo.<br /><br />Musiquinhas confortam, nem melhoram, nem pioram. Suas palavrinhas tem cores próprias, os pianos e guitarras, levando a novas texturas e imagens de um lugar, um lugar que nunca é o mesmo, mas onde sempre estão juntos.<br /><br />**<br /><br /><span style="font-size:85%;">Comentários adicionais: Toda vez que penso em distância + amor + solidão, sai algo muito parecido com isso aqui que você provavelmente acabou de ler. Estava evitando postar essas coisas, mas parece que não consigo mesmo fugir disso (risos), pra quê esconder? Bobinho, meloso, romântico e óbvio, mas verdadeiro. Esse sou eu.<br />A poesia acabou servindo para duas coisas: além de ser mais uma das biribagunizilhões de reflexões minhas sobre minha situação, caiu como uma luva na vida de minha nova amiga, Anne - pra ela ver que sei contar histórias com palavras bonitas (risos).</span>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-86268398588883099782010-04-29T19:35:00.003-03:002010-04-29T20:22:17.042-03:00ig.no.rân.cia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1IEwlUxYqpETjYR2vyBGmcWz7ax0OnLbo88xG_GoRS1CUgXg9HvcrkSgq3Ld_C2IEewn8ICr5SZcvjIoUOlXWmpkbbO5Krc9z_FbqynLeXP9rVVdxnpyGEdHxrKcgIo5PNf93cP4zMg/s1600/quem-entende-de-mulheres.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 320px; height: 236px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEip1IEwlUxYqpETjYR2vyBGmcWz7ax0OnLbo88xG_GoRS1CUgXg9HvcrkSgq3Ld_C2IEewn8ICr5SZcvjIoUOlXWmpkbbO5Krc9z_FbqynLeXP9rVVdxnpyGEdHxrKcgIo5PNf93cP4zMg/s320/quem-entende-de-mulheres.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5465703773083877586" border="0" /></a><br />Não é novidade para ninguém que a mulher tem o físico mais fraco que o homem, o que não a torna de forma alguma "mais fraca". Por muitos e muitos anos anos foi assim, sempre será. A maioria dos preconceitos tem a ver com as crenças ou religiões mesmo, pois mesmo no livro mais vendido do mundo, a Bíblia, a mulher deve se considerar inferior ao homem, sendo obediente e ponto (um dos motivos que me fez desistir totalmente da religião).<br />A meu ver, homem e mulher, independente de suas diferenças biológicas, devem ter direitos iguais. São seres humanos, o sexo não muda isso. Cuidado, mulher dirigindo? Por favor, quantos milhões de homens fazem coisas piores todos os dias?<br />Outro absurdo é o estereótipo de dona de casa - mulher só serve pra limpar a casa e cozinhar? Bom, se um homem não sabe fazer essas simples tarefas, não tem nem o direito de <span style="font-style: italic;">pensar</span> em se achar o superior. Se John (nome exemplar - sem preconceitos) me diz que precisa de uma garota pra lavar as roupas e comprar/fazer comida, me desculpe John, mas você é imbecil? Não sabe esfregar, não sabe ler as placas até a prateleira certa, não sabe pesquisar naquela nova tecnologia, a internet, como colocar arroz e feijão na panela e ligar o fogão? Mesmo assim, John mantém a postura "eu sou macho". Palmas pra ele, todo mundo batendo palmas.<br /><br />Os dois sexos parecem ter adquirido suas características de forma que se completassem. O homem é a mulher foram feitos para se completarem, para viverem juntos, ou numa expressão que remete aos tempos primitivos, a sobreviverem juntos.<br />É do passado esse negócio de ser "macho". Não passa de um estereótipo brincalhão, que quando levado a sério, torna-se uma piada óbvia e sem graça.<br />Convenhamos, o politicamente correto é um saco. Qualquer piada que envolva qualquer tipo de preconceito, por mais inocente que seja, traz uma série de discussões e pensamentos a respeito do passado, presente e futuro da sociedade. É um saco. Não há escapatória das substituições típicas das conversas do dia-a-dia: Negro vira nego. Homosexual vira viado ou bicha. Mulher fácil vira vaca, galinha, vadia, etc. Seria utopia pensar que um dia isso mudaria, pois quase sete bilhões de pessoas não são tão facilmente influenciáveis assim, na verdade, muitas morrem ignorantes.<br /><br />ig.no.rân.cia<br />sf (lat ignorantia) 1 Afirmar que mulher é inferior.<br /><br />Piadinha. Cada um é cada um, mas a natureza do ser humano é viver com um par. O que seríamos de nós homens sem as mulheres?<br />Dessa vez sem piadas.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-72722518780261512192010-04-29T16:50:00.002-03:002010-04-29T16:54:55.819-03:00Novo visual, novos modosO blog tava meio relaxado.<br />Finalmente dei um jeito nele, acho que finalmente também reanimando minha vontade de escrever nele - eu andava meio viajão mesmo.<br /><br />Lá vamos nós de novo \o/Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-82499822734677472122010-04-26T22:16:00.003-03:002010-04-26T22:49:14.778-03:00Conto sobre ligações<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqfZJIgz0zjNYCAB8M-83-SddcXTlOeKcyeq-kSiy8afS8B2yzYoHjlF6KUonlY9zRBd1fy0I222LwSwCs__O0mucoLxWUwkQhyphenhyphenwplwuOiqBvgFxH8Vvb3x8RZfRw8iKV2eWchR1DOwpo/s1600/Phone_call_on_beach.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqfZJIgz0zjNYCAB8M-83-SddcXTlOeKcyeq-kSiy8afS8B2yzYoHjlF6KUonlY9zRBd1fy0I222LwSwCs__O0mucoLxWUwkQhyphenhyphenwplwuOiqBvgFxH8Vvb3x8RZfRw8iKV2eWchR1DOwpo/s320/Phone_call_on_beach.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5464628278690639906" border="0" /></a>Tu, tu, tu.<br />Ao decorrer da curta ligação, havia encostado-se na parede, deixando-se escorregar até sentar no chão. Lentamente distancia o telefone do ouvido, até segurá-lo relaxadamente com o pulso apoiado no joelho erguido. Sente que está muito distante, fora desse mundo. O barulhinho repetitivo ainda soa, também parecendo mais distante e quieto. Finalmente pousa o telefone no gancho, mas fica sentado mais alguns longos segundos.<br />A imagem é plasticamente perfeita, o rapaz sentado perto da porta de um quarto, iluminado pela luz do sol que forçou seu caminho entre as nuvens cinzas do dia chuvoso. Uma foto viria a calhar, para capturar aquele momento antes que sumisse para sempre.<br />Mesmo dois minutos depois de ter desligado, de volta ao que estava fazendo antes que o telefone tocasse, ouvia a sílaba repetitiva em sua cabeça. As reviravoltas sempre vem sem avisar, pensava.<br />À partir do momento que levantou daquele chão frio, seguiu com sua vida. Amou muito, sorriu muito, sonhou muito. Era tudo que queria. Raro um minuto fazer diferença nos tantos anos de uma vida, mais raro ainda tal minuto durar para sempre.<br /><br />Em seu último dia, sentiu que estava partindo. Há tempos estava sentindo-se cansado, até que ao deitar, entregou-se à dona morte. Resolveu despedir-se do mundo. Despediu-se das árvores, do vento, das estrelas. Especialmente, sem pressa, despediu-se da garota, a eterna garota.<br /><br />De olhos fechados, rapidamente focou e reviveu, com nitidez incrível, aquele momento onde tudo mudou. Jurou ter escutado novamente, muito longe, aquele tu, tu, tu, antes que adentrasse profundamente no sono infinito.<br /><br />--<br /><br /><span style="font-size:85%;">Comentários adicionais: Bom, fiquei na dúvida sobre o que era esse pequeno conto que me surgiu hoje à tarde. É sobre pequenos momentos? Sobre ligações perdidas (não apenas telefônicas digo)? É sobre alguma coisa. Creio que seja mesmo sobre pequenos momentos, pois a maioria dos dias do ano são esquecíveis, ninguém lembra de um dia inteiro. Lembramos de momentos, são o que valem afinal. No fim, tudo pode valer a pena, talvez, por um único momento especial.</span> <span style="font-size:85%;">Sonhador, eu? Deu pra perceber (risos)?</span>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-60500923253809119592010-04-26T15:16:00.005-03:002010-04-26T15:40:03.533-03:00Meu tempo...<div style="text-align: right;">Como um elástico,<br />meu tempo se estica,<br />facilmente alongando-se,<br />até o extremo,<br />ali segurado.<br /><br />O afeto é posto à prova,<br />inseguro e confuso,<br />nunca diminui.<br /><br />Há medo,<br />medo que acabe,<br />que haja um fim.<br /><br />Com a certeza de sua palavra,<br />o elástico é solto,<br />o tempo volta ao começo,<br />somos um novamente.<br /><br />É nesse segundo que o tempo para.<br />Não importa mais.<br /><br />A simetria do universo muda,<br />tudo gira em torno de um ponto.<br /><br />A distância é grande,<br />mas consigo ver que meu universo,<br />minha existência,<br />gira em torno da sua.<br /><br />Saudades alongam minha vida,<br />suas palavras tornam as minhas irrelevantes.<br /><br />Felicidade que é sua vinda,<br />cada olhar iluminando os meses e as horas.<br /><br />Tenho certeza que a água molha,<br />que o fogo queima,<br />que o vento leva,<br />assim como tenho certeza que você é a origem da minha simetria.</div>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-29218226230789122662010-04-20T19:21:00.005-03:002010-04-23T21:53:54.185-03:00Música - Muse - The Resistance<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_52-msqKKu7QDtcTqjmUdAjHQKB5WlO_yKhD2pAA6yKa8YUDwfNSURae9LGaDK44B84tyu3mJ_CxtB7UCYpOQyOe9RhcddPve5oxXIJWH_IQ9G1Q0kGkQqd2Qo69ySmtjiioYiWCnlRU/s1600/imagem_muse_the_resistance.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 320px; height: 315px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_52-msqKKu7QDtcTqjmUdAjHQKB5WlO_yKhD2pAA6yKa8YUDwfNSURae9LGaDK44B84tyu3mJ_CxtB7UCYpOQyOe9RhcddPve5oxXIJWH_IQ9G1Q0kGkQqd2Qo69ySmtjiioYiWCnlRU/s320/imagem_muse_the_resistance.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5463479284737141218" border="0" /></a><br />Como já li outra vez, em outra crítica, o Muse é a banda perfeita pra se odiar. Pretenciosos, experimentais, forçando música clássica no meio das guitarras... realmente, muito fácil odiar. O problema é que eles lançam um disco melhor que o outro.<br />O mais legal de descobrir The Resistance foi que estava sendo preparado bem na época que descobri a banda. Viajava com o primeirão, Showbizz, o segundo, Origin of Symetry (comentado aqui), o fodaço Absolution e o premiado Black Holes and Revelations. Assim que a primeira amostra de The Resistance saiu, a primeira faixa, Uprising, foi paixão a primeira vista. A batida militar mesclada ao baixo oscilante cravou logo de cara, mesmo sendo claramente uma nova experimentação. Sintetizadores oitentistas marcam o riff principal enquanto as guitarras não entram - quando entram, já eras, você já estava cantando o refrão com toda força: "<span style="font-style: italic;">eles não vão nos forçar, eles vão parar de nos degradar, eles não vao nos controlar, nós seremos vitoriosos!</span>"<br />O cunho político/apocalipse pós-moderno já vinha sendo explorado desde Absolution. O vocalista, Matthew Bellamy, parece ter uma queda pelo tema. Claro que as canções de amor persistem, bom exemplo é a própria faixa título, Resistance, que começa com ecos à lá Pink Floyd e desemboca em um mini (e genial) tributo ao Queen, grande influência nesse disco.<br />É inegável que Matt seja um músico excepcional que adora flertar com a música clássica em seus ótimos rocks. O Muse em si é uma banda muito boa que só não recebe muita atenção por ser bastante derivada - eles fazem um som do caramba, mas todas (ou quase todas) as músicas remetem a outra banda. Você nunca vê alguém dizer que uma música lembra Muse, desde o começo, que foram taxados como cópias do Radiohead, até agora, depois de muita evolução. O que de forma alguma é um demérito - diga outra banda que fez uma sinfonia de três partes misturando violinos e vioncelos com guitarra distorcida e falsetes absurdos? O trio tem sua personalidade.<br />Aqui vamos nós ao faixa-a-faixa:<br />1 - Uprising - Abre o disco brilhantemente, hit certeiro. Fala sobre paranóia, vitória e resistência, dando uma idéia dos próximos quarenta minutos de música a seguir. O solo grunge antes do último vibrante refrão já é o suficiente para deixar ligado.<br />2 - Resistance - A faixa título surpreende. Começa com vinte segundos de guitarra cheia de ecos, vianjando no Pink Floyd, muda para versos ansiosos e um pré-refrão que genial com a cara do Queen. Épica.<br />3 - Undisclosed Desires - A que mais me pegou pelos trinta segundos de prévia disponibilizados no site da banda pouco antes do lançamento. É diferente de tudo que a banda já fez, lembra Depeche Mode, sem guitarras. Identifiquei algo muito pessoal nessa música, como se eu sempre a tivesse escondida em algum lugar na cabeça, mas Matt que a trouxe à superfície. Vai entender. Ah, e a canção é ótima.<br />4 - United States of Eurasia+Collateral Damage - O título deixa mais do que claro o tema político. "<span style="font-style: italic;">Por que separar esses Estados se eles só podem ser um?</span>" canta ferozmente sob uma guitarra e batera no mais óbvio tributo à Queen que já ouvi. Simplesmente não tem como não lembrar. Mais uma vez, pegam pesado na experimentação, brincando com piano clássico e violinos, mas a guitarra está ali também. Quando termina, a canção emenda em Collateral Damage, faixa instrumental que faz um mini cover de... esqueci o nome do cara, mas é famoso no mundo clássico. Ao fundo, sons de crianças brincando, enquanto jatos voam sobre suas cabeças. O jato chega cada vez mais perto, até que não se ouvem mais crianças. Eeee...<br />5 - Guiding Light - Bateria marcante, sintetizadores românticos e poderosos. Lembra uma daquelas baladas que bandas de Metal faziam nos anos 80. A guitarra chega chegando, mostrando mais uma vez a facilidade com que Matt desvenda esses riffs simples mas grudentos. É a quinta música e o nível não cai.<br />6 - Unnatural Selection - Órgãos. Sei lá por quê, O Fantasma da Ópera vem à cabeça, mas só por uns segundos. A guitarra dessa vez é a alma da faixa, num riff tão furioso quanto o de New Born. A paulera parece não aliviar, mas daí, o ritmo sofre uma mudança brusca, fica mais lento, num clima sonhador. Matt brinca com microfonias, como se improvisasse. Talvez essa parte lenta demore mais do que deveria. Assim que você esqueceu o quanto a música estava pesada, o riff do começo volta rasgando e tudo termina num satisfatório quebra pau.<br />7 - MK Ultra - Uma mistura de Plug In Baby com The Small Print (ou Tsp). Tanto é pesada quanto leve. Tão líricamente linda quanto violenta. O riff principal é de uma beleza cortante, assim como os versos. "<span style="font-style: italic;">Um universo preso dentro de uma lágrima</span>", ele canta. A melhor do disco na minha opinião.<br />8 - I Belong To You - A mais fraquinha do disco. Não é ruim, mas é longa demais e destoa do resto do álbum. Ainda mais próxima do R&B que Supermassive Black Hole, tem direito até a um bem colocado solo de... clarinete. A versão remixada para o filme Lua Nova não é tão radical, mas é melhor.<br />9 - Exogenesis Part I Overture - Começou a tão esperada sinfonia. Exogenesis é o nome de uma teoria de criação do universo, de que a vida surgiu em algum lugar no universo e eventualmente chegou ao nosso planeta Terra (Exo = de fora, Genesis = Origem). Só isso já dá um ranço épico ao todo. Começa com violinos tensos, crescendo ao fundo, enquanto o som vai ficando mais denso. Logo vem a batida, o grave lembrando um coração batendo, o agudo com eco, como se estivesse se dissipando para o infinito. Matt canta em falsete quase o tempo todo, dizendo que não consegue perdoar. Murmura de forma quase ininteligível "<span style="font-style: italic;">quem somos, o que somos, onde estamos</span>". Sugere o começo de tudo, ou o fim.<br />10 - Exogenesis Part II Cross Pollination - Esta segunda parte é mais agressiva e direta. O início poderia ser facilmente confundido com uma sinfonia das raízes da música clássica pelos desavisados, mas assim que Matt entra, não há duvida que é Muse. O refrão é poderoso, criando uma empatia com o ouvinte, como se a mensagem fosse diretamente para nós (será que não é?): "<span style="font-style: italic;">Espalhe nossos códigos às estrelas, você deve nos resgatar, diga-nos seu útimo desejo, agora que sabe que nunca poderá voltar</span>". E você não volta.<br />11 - Exogenesis Part III Redemption - A mais bela. A calmaria se percebe desde o começo, com o piano tranquilo, levemente reverbado (efeito melhor percebido com fones), clamando por lágrimas sinceras. Pacientemente, a aura de tranquilidade se constrói, ficando sólida, e então, cantam junto: "<span style="font-style: italic;">Vamos começar de novo, por que não começar de novo? Vai ser bom...</span>".<br /><br />Acaba. Parece que um filme terminou. Só escutando com atenção para listar a quantidade de emoções que se passam nestas últimas três faixas. A própria banda brinca, dizendo que há tempos lançam sinfonias de 50 minutos, não álbuns.<br />The Resistance é um disco fácil de escutar, mesmo que a sinfonia e o apelo clássico intimide de cara. Assim como eu, talvez você se encontre baixando Mozart um dia.<br />Nota: 8,5/10<br /><br />OBS: Destaque para a linda magnífica grandiosa capa, que chegou a ganhar prêmios. Até coloquei maior (risos).<br /><br />As três primeiras faixas pra vocês (em ordem):<br />Uprising:<br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/w8KQmps-Sog&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/w8KQmps-Sog&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><br /><br />Resistance:<br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/TPE9uSFFxrI&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/TPE9uSFFxrI&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><br /><br />Undisclosed Desires:<br /><object width="640" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/R8OOWcsFj0U&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/R8OOWcsFj0U&hl=pt_BR&fs=1&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-20618845130464249812010-04-18T13:15:00.009-03:002010-04-18T15:20:24.949-03:00Música - Radiohead - Kid AOBS: esperam que leiam tudo, deu muito trabalho pra fazer ><<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOg6DKLTa7E1uyqIX2dB0S1rlQIfROhAsxnoilKWj5PBFaOsn4T6WRzNLhdLEtBP4sYXwmyl7AEGmvEuWMw3VwmHFEhKt1Y3cS6c_NaeI3XMzTkHeSDvgtHiFq_-gemxNHvYoRkC8EU40/s1600/Kid%2520A%2520Cover.gif"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 195px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOg6DKLTa7E1uyqIX2dB0S1rlQIfROhAsxnoilKWj5PBFaOsn4T6WRzNLhdLEtBP4sYXwmyl7AEGmvEuWMw3VwmHFEhKt1Y3cS6c_NaeI3XMzTkHeSDvgtHiFq_-gemxNHvYoRkC8EU40/s200/Kid%2520A%2520Cover.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461540250828193106" border="0" /></a>Demorou para eu escrever sobre esse disco. A ironia é que já o escutei (todo de uma vez só) pelo menos umas vinte vezes, literalmente. Teriam sido mais, se não fosse tão difícil deitar para comtemplar uma obra prima dessas sem interrupções. Mas tudo bem, lá vamos nós.<br />Antes de qualquer coisa, saiba que Kid A não é um disco fácil. Radiohead não é uma banda fácil. Mas imploro que lhes deem uma chance, porque o Radiohead é uma banda para quem gosta de inovação constante, para quem gosta de algo diferente a cada audição, para quem ama escutar uma música e se imaginar em algum lugar, por pior que seja tal lugar.<br /><br />Voltando um álbum, temos OK Computer. Você já deve ter escutado várias músicas desse álbum sem perceber, pois deve ser o favorito do pessoal que faz a trilha dos jornais da Globo. Até no BBB já tocou mais de uma vez. Esse álbum foi o terceiro da banda, o que lhes deu fama global como a maior banda de rock da atualidade, e, consequentemente, o que lhes fez olhar para a fama e perceber o quanto a odiavam. Thom Yorke, o vocalista, disse uma vez que o final do ano de 1998 foi um dos pontos mais baixos de sua vida. A extensa turnê de divulgação, com quase 300 shows no total, acabou por cansar física e emocionalmente toda a banda.<br />Pausa.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnbXoZCFM_FIYMYDK98fKjC4nHeBaUNVLgERHt28zPYixnjoRKmGowQgCF83OsocRQpQ4XuteofPPdpNWRqXO4hzJ_2lrD48d5rrLDDC-xPm5wKXlbVMP5WVndulJOX00Vf38gccjUCks/s1600/Kid%2520A%2520Book%2520Page%25207.gif"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 166px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnbXoZCFM_FIYMYDK98fKjC4nHeBaUNVLgERHt28zPYixnjoRKmGowQgCF83OsocRQpQ4XuteofPPdpNWRqXO4hzJ_2lrD48d5rrLDDC-xPm5wKXlbVMP5WVndulJOX00Vf38gccjUCks/s200/Kid%2520A%2520Book%2520Page%25207.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461540799071817058" border="0" /></a>Nessa turnê, tudo foi documentado pela diretor de um de seus videoclipes (No Surprises). Vemos o baixista desabando de choro durante uma entrevista, mas ainda mais emblemático é a cena que Thom Yorke ensaia uma das músicas de Kid A no violão, num palco, enquanto pessoas passam: "Não estou aqui e isso não está acontecendo", ele canta. Dá pra ter uma ideia.<br /><br />Foram três anos que separaram OK Computer de Kid A. Enquanto o primeiro tinha guitarras venenosas, guitarras lindas, guitarras furiosas, refrões épicos e versos poéticos, neste segundo ouvimos um violão só na quarta música, aquela que Thom ensaiou, mencionada acima. Tudo é muito mais focado na poesia. Para seu quarto álbum, o Radiohead resolveu se descontruir, simplesmente jogar no lixo sua imagem de banda de rock, as guitarras de antes e os vocais de antes, tudo no lixo, pois nada prestava.<br />Pausa.<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwUsn8N2Axhb19p8fYYRzlGOeZfWbX3obflivwU4ZKoCp1n6VqOgfy8DCo7XFDbplXoqJ41Caz6l4kX5WYDfvRxmHCsCjhtK6Cmhw11xOS4GRazlvTdhwfrC6PgJ6_yFUd8t21wC8vJbU/s1600/blowsover.gif"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwUsn8N2Axhb19p8fYYRzlGOeZfWbX3obflivwU4ZKoCp1n6VqOgfy8DCo7XFDbplXoqJ41Caz6l4kX5WYDfvRxmHCsCjhtK6Cmhw11xOS4GRazlvTdhwfrC6PgJ6_yFUd8t21wC8vJbU/s200/blowsover.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461541023927307042" border="0" /></a>Para escutar Kid A, não há como simplesmente sentar e escutar. Para apreciá-lo em toda sua poesia e descobrir todas suas texturas, talvez você precise de uma vida inteira. Não estou brincando. Eu achava que conhecia tal música, mas numa noite de relaxamento, curtindo a última música, com um lindo piano distorcido (?) no começo, juntei as sobrancelhas ao escutar um barulho diferente. Prestei mais atenção. Um tambor - um tambor militar, em estilo de marcha, ali no fundo. Voltei umas músicas, prestando atenção dobrada em cada uma. É literalmente impossível descobrir todos os barulhinhos ali em menos de dois meses.<br />E essa é apenas uma das razões que me faz gostar tanto do disco.<br />Tem a questão da arte da capa (que ilustra todo esse post - e o logo do blog). Se procurar no site da banda ou outros site de fãs, encontrará uma infinidade de desenhos, paisagens distorcidas, frias, vulcões, montanhas (como as da capa), tudo sempre remetendo ao universo onde o disco toca. Mais um triunfo de Kid A - a absurda possibilidade de criar mundos com música.<br />Mas vamos ao faixa-a-faixa.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolOvl-vu4MHt_rMc_W15D9RsWqyDJdN57FuyrGwEGfGIKej86VT_6ZzS6FvXBxKvEZ74CtaK2kavwD8u6-xl6m2I9jGRc3oA_aZ9hmFu0X4_GSppV9b6Q3MHaybEvnI1UZi2vVhQnd_c/s1600/Free%2520Range.gif"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 173px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiolOvl-vu4MHt_rMc_W15D9RsWqyDJdN57FuyrGwEGfGIKej86VT_6ZzS6FvXBxKvEZ74CtaK2kavwD8u6-xl6m2I9jGRc3oA_aZ9hmFu0X4_GSppV9b6Q3MHaybEvnI1UZi2vVhQnd_c/s200/Free%2520Range.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461541569023343122" border="0" /></a>1 - Everything in it's right place - O piano joga o riff sombrio logo de cara, enquanto vozes vem sussurrando o nome da música ("tudo está em seu devido lugar") em ondas, ora no ouvido direito, ora no esquerdo. Repete, repete, repete mais ainda. Ironia pesada. Escutando aquilo, você sabe que algo está muito errado. Ainda assim, a frase continua repetindo. Quando finalmente muda, choque: "ontem acordei chupando um limão". Brincadeira com o ditado popular, "se a vida te dá limões, faça limonada"? Talvez. Logo, ouvimos outra frase diferente: "tem duas cores na minha cabeça, o que foi aquilo que você tentou dizer". Só então você percebe como as vozes, o piano e os efeitos parecem crescer sem que você se desse conta. Mas tudo fica mais tranquilo de novo, só no piano, uma batida grave baixinha e frases ininteligíveis soando em algum lugar. Fade out.<br /><br />2 - Kid A - a faixa título é menos estranha que a primeira. Começa com um piano infantil cercado de barulhinhos metálicos, até que surge a batida eletrônica. Mas tudo mantendo um tom leve, como se fosse de fato uma música para crianças. A voz de Thom está distorcida, irreconhecível, enquanto canta poucas frases:<br />"<span style="font-style: italic;">Eu escorreguei em uma mentira inocente</span> <span style="font-style: italic;">Nós temos cabeças em varetas</span> <span style="font-style: italic;">E você tem ventríloquos</span> <span style="font-style: italic;"> Encarando as sombras na beira da minha cama</span> <span style="font-style: italic;">Ratos e crianças me seguem para fora da cidade</span> <span style="font-style: italic;"> Ratos e crianças me seguem para longe de suas casa</span>s <span style="font-style: italic;">Vamos crianças</span>".<br />De alguma forma, tudo faz sentido.<br /><br />3 - The National Anthem - Riff de baixo. Finalmente uma música de verdade? Nem tanto. Entra a bateria convencional, efeitos agudos e graves se encontrando deixam claro que algo horrível vai acontecer. O riff continua se repetindo ao infinito. Escapam sons de sopro como se estivessem presos a muito tempo. "<span style="font-style: italic;">Todos, todos envolta de mim, todos estão mui</span><span style="font-style: italic;">to perto</span><span style="font-style: italic;">s</span>". Canta claustrofobicamente. "<span style="font-style: italic;">Todos tão perto, todos tem o medo</span>". Entram os sopros. Saxofones, e todos os outros tipos, sendo tocados ao mesmo tempo, propositalmente feios. Ninguém mas a própria banda é capaz de contar quantas pessoas tocam juntas nessa parte. A coisa cresce, cada vez mais feia, cada vez mais tensa. O riff continua. O clima é de loucura, confusão, remetendo à claustrofobia antes mencionada. Acaba, e nos cinco segundos finais de música, ecos de um hino nacional, o que remete ao nome da canção.<br /><br />4 - How to disappear completely - Uma das canções mais lindas de todos os tempos. Ponto. Thom Yorke conseguiu transpor toda a tristeza do mundo em seis cordas, cantando uma das letras mais bonitas de todos os tempos. Ainda hoje me faz querer desaparecer também, e é o tema de meus eventuais momentos de tristeza e solidão. "<span style="font-style: italic;">Em alguns mo</span><span style="font-style: italic;">mentos, terei desaparecido. O momento já passou, é, já passou. Não estou aqui e isso não está acontecendo.</span>" Lágrimas.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJZcpwLyiFp5fDtVAyDZ8FClglLlGcfeGjx_jZzUusPgH_GkKgcyliRX3RG3PM1P6h63h6XOUNQxl99zLzr52uddi2693j1z6lTyyd0EA4QBKlnQm1b2tdtzPR0sUyfzW02L-SWli6Q7g/s1600/Blue%2520Canvas.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 152px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJZcpwLyiFp5fDtVAyDZ8FClglLlGcfeGjx_jZzUusPgH_GkKgcyliRX3RG3PM1P6h63h6XOUNQxl99zLzr52uddi2693j1z6lTyyd0EA4QBKlnQm1b2tdtzPR0sUyfzW02L-SWli6Q7g/s200/Blue%2520Canvas.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461541882076067730" border="0" /></a>5 - Treefingers - Calmaria nessa faixa instrumental. Sons cristalinos, continuos e tranquilos levam a canção, que não tem percussão ou qualquer tipo de agressão. Apenas ecos, texturas, rementendo a algum lugar muito frio e distante.<br /><br />6 - Optimistic - Guitarras de verdade, finalmente. Não que estivessem fazendo falta, mas ainda assim, é uma guitarra venenosa, levada por uma bateria louquinha, quase engraçada. No fundo, escutamos sempre algo diferente - violões? O clima é feliz, talvez a única música do disco que tocaria tranquilamente numa rádio. "<span style="font-style: italic;">Você pode tentar o melhor que puder,</span><span style="font-style: italic;"> o melhor que puder é o suficiente</span>". O vocal é espetacular. Nos últimos segundos, após o final da música em si, um andamento diferente e mais agitadinho, bobinho, finaliza a grande faixa, e emenda em...<br /><br />7 - In Limbo - Começa sem avisar, densa e pesada, não aos ouvidos, mas emocionalmente falando. O riff inicial parece ter sido gravado dentro de uma caverna. Thom canta em murmúrios ao começo "<span style="font-style: italic;">tenho uma mensagem que não consigo ler</span>". No pseudo refrão, "<span style="font-style: italic;">Você está vivendo num mundo de fantasia.</span>" A canção continua "<span style="font-style: italic;">estou perdido no mar, não se preocupe comigo, perdi meu caminho.</span>" Voltamos ao mundo de fantasia. A última palavra se distorce com outros sons explosivos, como sons de bombas sendo tocados de trás para frente ou do avesso(?).<br /><br />8 - Idioteque - Batida de discoteca. O sintetizador lança três notas frias. Scratches e tambores surgem quase escondidos. A letra fala sobre guerra: "<span style="font-style: italic;">quem está na trincheira, mulheres e crianças primeiro, vou rir até minha cabeça explodir, eu já vi demais você não viu o suficiente</span>". O refrão é pesado: "<span style="font-style: italic;">aqui me é permitido tudo o tempo todo.<span style="font-style: italic;">"</span></span> Canta com raiva pela primeira vez em meia hora, continua falando sobre fogueiras e eras do gelo, quando desmente sua constatação da quarta música: "<span style="font-style: italic;">isso está realmente acontecendo</span>". Para muitos, a música da década.<br /><br />9 - Morning Bell - Bateria marcante. Piano sombrio e quieto, riff de baixo inteligente. A letra mais difícil do álbum. "<span style="font-style: italic;">Você pode ficar com os móveis, um galo na cabeça, descendo pela chaminé, me solte, me solte, por favor.</span>" Continua falando sobre separações de forma misteriosa: "<span style="font-style: italic;">onde você estacionou o carro, roupas estão por todos os lugares com os móveis, e posso muito bem, preguiçoso treinamento de incêndio, girando, girando, girando, girando...</span>". Depois do curto solo de guitarra, a frase mais sombria do disco: "<span style="font-style: italic;">corte as crianças no meio</span>".<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLP0oeX3LmoXGLFlfw1Fv78PzY8dCjn1T5-kxxuvf0OmRhLVH6bZv76WISiExxP7Rwwm5k0o-2wfHM40W_vnDYb4gtkkkB-mjXjSd5hWopgNqfMkLma1vYQWluUOQKmLTa6KMVV3DCpyQ/s1600/Eclipse.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 243px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLP0oeX3LmoXGLFlfw1Fv78PzY8dCjn1T5-kxxuvf0OmRhLVH6bZv76WISiExxP7Rwwm5k0o-2wfHM40W_vnDYb4gtkkkB-mjXjSd5hWopgNqfMkLma1vYQWluUOQKmLTa6KMVV3DCpyQ/s200/Eclipse.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5461542165762511298" border="0" /></a>10 - A música mais linda de todos os tempos. Não foi uma pergunta. E tem a letra mais direta da carreira de Thom. Análise profunda, por favor:<br /><br /><span style="font-style: italic;">Vinho tinto e pílulas para dormir</span> <span style="font-style: italic;"> Me ajudam a voltar pros seus braços</span> <span style="font-style: italic;"> Sexo barato e filmes tristes</span> <span style="font-style: italic;"> Me ajudam a voltar pra onde eu pertenço</span> <span style="font-style: italic;"> Eu acho que você é louca, talvez</span> <span style="font-style: italic;"> Eu acho que você é louca, talvez</span><br />Aqui sai o piano distorcido e entram as arpas, arranjos de cordas angelicais.<br /><span style="font-style: italic;"> Pare de mandar cartas</span> <span style="font-style: italic;"> Cartas sempre acabam queimadas</span><br /><br />Corais de anjos ao fundo.<br /><span style="font-style: italic;"> Não é como nos filmes</span> <span style="font-style: italic;"> Elas nos alimentam com mentiras inocentes</span> <span style="font-style: italic;"> Eu acho que você é louca, talvez</span> <span style="font-style: italic;"> Eu acho que você é louca, talvez</span><br />Volta o piano, e as cordas crescem.<br /><span style="font-style: italic;"> Eu verei você na próxima vida</span>...<br /><br />Cordas vão desaparecendo, se desconstruindo até sumir.<br />Afinal, sobre o que é Kid A? É apenas uma banda encontrando redenção, um complicado conto sobre suicídio, um monstro lírico, o melhor disco já feito, o pior disco já feito? A análise é dura. Até mesmo fãs largaram de vez na primeira escutada.<br />Mas para mim, é uma obra perfeita. Densa ao extremo, mudou toda minha percepção do que tinha por música, me fez querer escutar outras coisas que nunca havia escutado antes. Mais que isso, prova o discurso do diretor David Lynch, de que a criatividade é de fato menosprezada e diminuída quando se transforma a música em um produto, esquecendo que ela é arte. Pois bem, Kid A é arte. É totalmente, puramente arte. E agradeço ao Radiohead por ter ensinado a lição ao mundo não só da música, mas de todas as artes.<br />Tenha paciência com o álbum. Talvez largue de mão, mas talvez, descubra as dez músicas que ouvirá por toda sua vida.<br />Nota: 10.000/10<br /><br />A primeira música:<br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/VrpGhEVyrk0&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/VrpGhEVyrk0&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />Aquela que uma das mais lindas de todos os tempos:<br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/7vFaoA7t2RE&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/7vFaoA7t2RE&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object><br /><br />A última. Esse clipe foi feito oficialmente pela banda com "blips" promocionais, feitos para divulgar o disco, mas que nunca foram usados de verdade. Acabaram perdidos na internet, virando objeto de coleção para fãs mais encarnados (leia-se, eu). No youtube tem alguns. Anyway:<br /><object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/pO007Bx1Uak&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/pO007Bx1Uak&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x2b405b&color2=0x6b8ab6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-19061862621822518422010-04-18T12:56:00.003-03:002010-04-21T13:25:29.369-03:00Eu e meu eu lírico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVpYTeVql6363eexyPSs46gJPN4ZSnC0KRax2WJlG9352ztBKzeygdmzlxRXkkKcvQ1JP3jXg6EVf-8MoqRBP7eoGSkqCSrO0KWJlrxGq0ccOpj9320u33AkNDyorhIi3iL3JGxdL1hM/s1600/Dire-Straits-Brothers-In-Arms.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqVpYTeVql6363eexyPSs46gJPN4ZSnC0KRax2WJlG9352ztBKzeygdmzlxRXkkKcvQ1JP3jXg6EVf-8MoqRBP7eoGSkqCSrO0KWJlrxGq0ccOpj9320u33AkNDyorhIi3iL3JGxdL1hM/s200/Dire-Straits-Brothers-In-Arms.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5462627448113363922" border="0" /></a>Hoje decidi ser poeta.<br /><br />Procurei meus livros preferidos, alguns que me trouxessem pensamentos poéticos,<br />mesmo que nunca os tivesse lido.<br />Busquei meus discos preferidos, mesmo uns que nunca escutei,<br />mas trouxe o meu preferido, o mais poético de todos.<br /><br />Arrumei o colchão velho no chão, liguei o som ao meu lado,<br />ajustei os fones no ouvido, coloquei meu disco preferido e apertei play.<br />Espalhei os livros do outro lado, para ver suas capas.<br />Cada uma me trazia uma série de pensamentos, tinha aquele da mulher que tenta se matar, aquele da casa assombrada, aquele antigo de poesias, capa bonita, que nunca li.<br /><br />As primeiras notas já me levam para longe.<br /><br />**<br /><br />Jane, ao meu lado, tenta escrever uma canção de amor,<br />uma que sua voz possa cantar sem força,<br />que fique bonita não importando o lugar ou a situação.<br />Uma canção que também seja de dor,<br />a dor que todas sentem e reconhecem.<br /><br />Mas de sua guitarra saem notas graves e violentas.<br /><br />As cordas vibram, fazem sons, batem na parede e voltam.<br />Canta palavras bonitas, mas não o suficiente.<br />Chora por dentro, enchendo seu quarto de lágrimas imaginárias.<br />Então, dorme e sonha, e é o único momento do dia que a faz sorrir de verdade.<br /><br />A observo enquanto tira sua soneca.<br />Seus lábios formam um sorrisinho pequeno, como o da Monalisa.<br />Do que ela ri, não sei. Mas espero que consiga trazer tal felicidade para sua guitarra.<br /><br />Ela acorda, tenta de novo, sem sucesso.<br />Volta a dormir.<br /><br />Assim são por vários meses. Até que ela decide sair de casa, ir numa festa com as amigas.<br /><br />Enquanto está fora, a espero, para ver se fará alguma diferença,<br />o que acho impossível. Jane é muito quieta para festas.<br /><br />Mas quando a porta se abre, surpresa, está sorrindo.<br /><br />Corre para sua guitarra, procurando uma afinação, até que encontra um acorde perfeito.<br />Canta algumas palavras sem esforço, de olhos fechados.<br />Obsevei que, ao seu lado, no chão, deixara cair um papelzinho.<br />Juntei-o.<br /><br />"Você é muito linda sabia disso?"<br /><br />Sorri. Uma cantada um tanto cafona, de um garoto que conheceu na balada. Acho que a veia romântica ainda existe no mundo, aifnal de contas.<br /><br />Ela canta.<br />De pé ao seu lado, pergunto-me se irá decepcionar-se logo, se fora apenas uma cantada de uma noite e o garoto a esquecerá. Posso estar enganado, o bilhete pode ser sincero. Mas o fato é que ela se apaixonou e espero que ele também. Jane não parece preocupada.<br /><br />Apaixonada, canta calmamente uma música que chega até as paredes e as ultrapassa,<br />alheia a qualquer outro problema,<br />ela traz seus sonhos para a realidade.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-85626186995565359372010-04-16T23:16:00.003-03:002010-04-17T00:27:07.356-03:00As sem-razões do amor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjaK7Sr5TkzebnfzKwyKu1NwKtvuWAF_H9XbbM3FP3kGvNi-QreblNYV2StRFoWzfU_cq2F2kgJ8UAACkge79dNBzb8jA0moIk5LBw69zozwGE-b-nI1guCXuZEIVBFXnaZu_F33EwgkQ/s1600/nostalgia.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 158px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjaK7Sr5TkzebnfzKwyKu1NwKtvuWAF_H9XbbM3FP3kGvNi-QreblNYV2StRFoWzfU_cq2F2kgJ8UAACkge79dNBzb8jA0moIk5LBw69zozwGE-b-nI1guCXuZEIVBFXnaZu_F33EwgkQ/s200/nostalgia.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460926037990747186" border="0" /></a>Eu te amo porque te amo,<br />não precisas ser amante.<br />Eu te amo porque te amo.<br />Amor é estado de graça<br />e com amor não se paga.<br /><br />Amor é dado de graça,<br />é semeado no vento,<br />na cachoeira, no eclipse.<br />Amor foge a dicionários<br />e a regulamentos vários.<br /><br />Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim.<br />Porque amor não se troca,<br />não se conjuga nem se ama.<br />Porque amor é amor a nada,<br />feliz e forte em si mesmo.<br /><br />Amor é primo da morte,<br />e da morte vencedor,<br />por mais que o matem (e matam)<br />a cada instante de amor.<br /><br /><div style="text-align: right; font-style: italic;">Carlos Drummond de Andrade<br /></div>Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-40122368962259361762010-04-12T22:54:00.003-03:002010-04-12T23:14:48.092-03:00Um conto de fadas<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvklnCu4_WU2ru3VLYeKHF8A3iIMCvknk0QWzldRgIoFS24EF24cYiD0D0-VH53e-OLa0ub-MzF6aWt89ujG8QzkjkBha2R_EUpwC-OPcogzCzsRouYmpcZDbcARnU3DHP0wt7AUyKTsA/s1600/foggy-forest-2431.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 200px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvklnCu4_WU2ru3VLYeKHF8A3iIMCvknk0QWzldRgIoFS24EF24cYiD0D0-VH53e-OLa0ub-MzF6aWt89ujG8QzkjkBha2R_EUpwC-OPcogzCzsRouYmpcZDbcARnU3DHP0wt7AUyKTsA/s200/foggy-forest-2431.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459439721455284082" border="0" /></a><br />A floresta ficava mais densa a cada passo. Uma garotinha caminhava lentamente por ali, usando a touca vermelha de sua pequena capa para evitar qualquer visão que não fosse apenas de sua frente. Chegou um ponto os passarinhos mal cantavam, ficava muito silencioso, ouvia apenas seus passos quebrando galinhos e folhas secas.<br />O lobo a cercava sem que ela percebesse. Os poucos barulhos que fazia, ela pensava serem de seus próprios pés ou fruto da imaginação. Era a primeira vez que ele chegava tão perto.<br />Avistou finalmente a casinha pequena não muito longe - a trilha que seguia acabava bem na porta de madeira polida. Relaxou um pouco, apressando o passo, sem ligar para o barulho que parecia ficar mais alto em algum ponto atrás de suas pegadas.<br />Correu quando faltavam cinco passos, o terror tomou conta de seu corpo. Empurrou a porta que já estava aberta e fechou rápido, usando todas as trancas. Respirou fundo, percebendo ter suado um pouquinho, mais pelo nervosinho que pela caminhada. Geralmente não se assustava, mas às vezes, a imaginação a leva a lugares estranhos.<br />Abaixou a touca vermelha, jogando os cabelos cor de mel para trás. Revelou-se a garotinha, que tinha 17 anos e nem sabia. Soltou a cesta que carregava em cima da mesa e olhou-se no espelho na parede ali perto. Tinha um sorriso perfeito, lindos e cristalinos olhos azuis e o cabelo, levemente encaracolado, era tão brilhante que não seria estranho confundi-lo com o sol.<br />Porém a garota não sabia de suas qualidades, pois nunca vira qualquer outro sorriso para fazer comparação, ou outro cabelo. Ficava sempre sozinha ali, saindo para pegar algumas frutas vez ou outra, mas vivia sozinha. Para passar o tempo, escrevia num caderno que sempre teve, mas sequer lembra onde o encontrou.<br />Andou pela casa um pouco, sorridente. Sentia-se tão segura ali dentro, como se nada pudesse ferí-la. Acendeu uma vela e a levou num pratinho para perto da cama, onde gostava de escrever. Pulou de bruços no colchão macio, com o caderno e caneta à frente, a vela um pouquinho ao lado, também em cima da cama. Deixou a oscilação da chama levar seus pensamentos para longe, enquanto rabiscava palavras de amor, um sentimento que conhecia pouco.<br />Quando escrevia sobre amor, era como se desenterrasse algo antigo. É um sentimento que pulsa em seu peito, ali em seu coração, mas ela nem sabia que tinha um coração.<br />Também não sabia que havia muita vida fora da floresta, nunca saía de lá. Não conhecia a solidão, pois nunca teve companhia. Era uma bomba de emoções, às vezes, sentia uma atração muito forte. Tentava descrever em seu caderno, usando palavras fracas como "irrepreensível", ou expressões estranhas como "mais forte que uma supernova", sem saber ao certo de onde tirou tal palavra.<br />Ali, sozinha, cantarolava canções lindas que nunca seriam ouvidas.<br />O que não sabia era da maldição. Um lobo a cercava fora da casa. Não podia entrar, apenas observava. Seu trabalho era cuidar da jovem para que nunca saísse ao mundo de fora, cuidar para que nunca fosse tão longe de casa, pois ela não podia morrer, mas era proibida de sair dali.<br />O lobo fora instruído por uma força maior, uma entidade que não conhecia, mas obedecia, porque simplesmente fazia sentido.<br />Mas já faziam anos.<br />Ele questionava sua força de vontade. Aquela garota, talvez a mais linda que já vira, trancada ali numa casa num lugar que jamais seria encontrado, e caso corresse tal risco, seria de sua parte tomar providências.<br />Muitos dias, cansado de rondar o lugar, deitava a cabeça entre as patas e apenas a observava pela janela, enquanto escrevia apaixonadamente naquele caderno. Tinha vontade de sorrir, ela era impressionante, como se alguma magia a fizesse parecer tão perfeita, mas de fato, era tão linda quanto parecia.<br />O lobo chorava. Tamanha beleza jamais seria conhecida por alguém. Deveria sentir-se especial? De certa forma, sim, mas porque deixar uma garota dessas ali, presa, permanentemente enfeitiçada para não questionar ou tentar fugir? Tão, tão linda, e ali, perdida, esquecida. Não esquecida, pois sequer se sabe de sua existência.<br />Então levantou a cabeça, pôs-se em posição de caça, mostrando determinação. Caminhou sem pressa até a porta da casinha, com os olhos confusos. Sabia do risco. Corria um tremendo risco por causa dessa garota que não tinha nome.<br />Só então passou por sua cabeça que podia ser aquele sentimento sobre o qual ela tanto escrevia, o amor. Leu sobre ele num dos dias que ela saiu para buscar comida, sorrateiramente entrou na casa e encontrou o caderno perto da cama. Teve medo de tal sentimento, mas agora parecia bobiça.<br />Bateu na porta, sabendo que sua vida e a da garota mudariam completamente.Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1033226311189283699.post-8966282605411967252010-04-10T15:01:00.004-03:002010-04-10T15:20:29.081-03:00Poeta meia bocaMais um post sobre sentimentos?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMm9u-1LyAGM7DV0YX-ukPG36ZG0DiRkXHIv67owj0gLqzXIR5BfhYCI0TljOpfnNXeXwkJo4lNQ2dTlPWnahWVwxsTcJAv0m_6t5tinloS99H6bXiD_-gCHL8UcKPEjENDCDlKzeWLjA/s1600/dani.jpg"><blockquote><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 151px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMm9u-1LyAGM7DV0YX-ukPG36ZG0DiRkXHIv67owj0gLqzXIR5BfhYCI0TljOpfnNXeXwkJo4lNQ2dTlPWnahWVwxsTcJAv0m_6t5tinloS99H6bXiD_-gCHL8UcKPEjENDCDlKzeWLjA/s200/dani.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5458574945213288690" border="0" /></blockquote></a><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMm9u-1LyAGM7DV0YX-ukPG36ZG0DiRkXHIv67owj0gLqzXIR5BfhYCI0TljOpfnNXeXwkJo4lNQ2dTlPWnahWVwxsTcJAv0m_6t5tinloS99H6bXiD_-gCHL8UcKPEjENDCDlKzeWLjA/s1600/dani.jpg"></a>Esse menos deprimente que o anterior (risos). Ironicamente, o jogo de play, Shadow Of The Colossus, mencionado lá, está quase baixado aqui... minhas forças estavam onde eu não havia procurado ainda - no meu coração. Era meio óbvio não?<br />Minha batalha não está em... 99,7%, como o jogo, mas ainda assim, está firme.<br /><br />Há três dias comprei um caderno pequeno, daqueles de 96 páginas, para fazer o diário de uma paixão. Meloso, mas muito divertido e emocionante. Até achei que em algum ponto, ia cansar de escrever e desistir da ideia, mas toda a inspiração que parecia não ter para escrever aqui, usei escrevendo furiosamente lá.<br />Não enchi o caderno como desejava, mas foi (quase) o suficiente.<br /><br />Até queria dizer algo aqui, sobre o que sinto de verdade, mas acho que usei todas as palavras possíveis lá.<br /><br />Só me resta repetir de forma passional - eu te amo, eu te amo, eu te amo.<br /><br /><br />OBS: não vai ficar brava porque usei uma foto sua ali né? (risos)Jackhttp://www.blogger.com/profile/01581552699274462144noreply@blogger.com3